Biotecnologista é uma das profissões citadas pela pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) como uma das mais promissoras para os próximos anos e a tendência de crescimento é confirmada por quem já está no setor.
Camila Sutil, aluna de Biotecnologia na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), prestou vestibular e se matriculou logo após o lançamento do curso e diz, com orgulho, que a sua turma ajudou a abrir o mercado. "As empresas não conheciam o que um profissional de biotecnologia pode fazer, mas, no decorrer desses quatro anos, o mercado ficou muito mais receptivo." Nos estágios que fez, a estudante acumulou experiência na pesquisa com células-tronco e melhoramento Genético de plantas.
Segundo a coordenadora do curso na PUCPR, professora Vanessa Sotomaior, há poucos anos a Biotecnologia era uma área de pesquisa da pós-graduação, na qual somente mestres e doutores atuavam. A professora conta que a necessidade de profissionais em institutos de pesquisa na área é tão grande que a chegada dos graduados no setor deve movimentar bastante o mercado.
Possibilidades
A engenheira de bioprocessos e biotecnologia Bianca Eli Della Bianca se formou pela Universidade Federal do Paraná em 2007 e acabou de voltar da Holanda, onde desenvolveu parte de seus experimentos para o doutorado que está cursando na Universidade de São Paulo. Ela ajuda a explicar as possibilidades do setor. "Toda empresa que trabalha com algum processo biológico pode contratar um biotecnologista seja na produção de bioprodutos (bebidas, enzimas, inoculantes, biocombustíveis etc.) ou na aplicação deles (tratamento de efluentes etc.)", considera.