Drama frequente na vida dos jovens, a necessidade de optar entre fazer o que se gosta ou trilhar um caminho de seguro retorno financeiro pode chegar a tirar o sono de muitos vestibulandos ou mesmo universitários. A decisão errada pode trazer remorso no futuro e levar a situações difíceis de reverter. Para ajudar o estudante que passa por essa dúvida, o Vida na Universidade conversou com especialistas na área de gestão de carreira para reunir alguns critérios que possam auxiliar na reflexão. Contribuíram com a matéria os professores Ademir Bueno, dos cursos tecnológicos do Centro Universitário Uninter, e Claudio Marlus Skora, coordenador do curso de Administração nas Faculdades Integradas do Brasil (Unibrasil).
Condição financeira
É um fator essencial a se colocar na balança. Se a família do estudante tem condições de bancar a maior parte de seus gastos, inclusive no início da vida profissional, então é possível se lançar à profissão dos sonhos com alguma segurança prévia. Mas quando se trata de alguém responsável por arcar com várias despesas, é mais prudente adiar o ingresso numa área que desperta interesse, mas paga mal, ao menos até que a estabilidade financeira não dependa tanto do salário mensal.
Carga horária
Diretamente vinculada com a condição financeira, outro fator a ser considerado é a carga horária do curso. Áreas como Engenharia Aeronáutica ou Medicina pagam bem, mas exigem anos de dedicação exclusiva aos estudos, já que as aulas ocorrem em pelo menos dois períodos do dia, o que geralmente inviabiliza vínculos empregatícios. Tenha certeza de que pode passar um bom tempo sem receber salário antes de se decidir.
Pense no futuro
Aquilo que atrai hoje continuará a ser uma paixão daqui a vinte anos? Essa é uma pergunta importante a ser feita, especialmente quando o curso que interessa é uma novidade no mercado ou muito relacionada à determinada faixa etária, como Desenvolvimento de Jogos Digitais, por exemplo. Se houver dúvidas de que a satisfação em trabalhar na área não será suficiente para compensar um salário menor, talvez o interesse seja apenas passageiro.
Seja bom no que faz
Se depois de muitas considerações você decidiu que fará o curso com que sempre sonhou, mesmo com rendimentos menores, então é hora de batalhar para ser uma exceção à regra. Afinal, é possível tornar-se um profissional destacado a ponto de conquistar ganhos volumosos, inclusive em áreas taxadas de más pagadoras. "Se você é bom no que faz, é capaz de achar um meio de ser bem-sucedido", garante o professor Ademir Bueno, da Uninter.
>>> E você? Trocaria a possibilidade de ganhar dinheiro para seguir a carreira dos seus sonhos?