Aline Czezacki, de Ponta Grossa, representou o Brasil em uma conferência da ONU para jovens| Foto: Divulgação

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Onde achar as vagas?

Na ONU trabalham profissionais de áreas como Medicina, Direito, Jornalismo, Relações Internacionais e muitas outras. A organização divulga diariamente suas oportunidades de trabalho nos sites de suas agências. Confira alguns links que podem facilitar a busca:

> Lista com links para as páginas de oportunidades de trabalho em cada uma das agências da ONU: http://icsc.un.org/joblinks

> Carreiras no Secretariado da ONU: https://careers.un.org

> Oportunidades no Brasil: www.onu.org.br/tema/vagas/

> Perfil UN Jobs. Conta não oficial no Twitter que divulga oportunidades que surgem em todo o mundo diariamente: twitter.com/unjobs

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Na foto com crianças haitianas, Héber Costa esteve no Haiti pela ONU, em 2010, para auxiliar nas eleições presidenciais
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A Organização das Nações Unidas (ONU) está envolvida diretamente com uma série de iniciativas sociais, como o respeito aos direitos humanos, a redução da pobreza, a solução de conflitos, o combate ao aquecimento global. A variedade de áreas, a relevância das ações e a chance de conhecer outras culturas despertam o interesse de milhares de estudantes e profissionais que sonham em trabalhar numa instituição que faz a diferença no mundo.

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Para quem está ou já esteve por lá, a primeira dica é ser determinado e não se assustar com a grandiosidade dos temas. Embora a exigência por formação seja rigorosa, a atitude conta muito. E há vagas. É o que diz a professora Ângela Moreira, coordenadora do curso de Relações Internacionais no Centro Universitário Curitiba (UniCuritiba), que trabalhou durante três anos na Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci), agência vinculada à ONU com sede em Montreal, no Canadá. Segundo ela, para a maioria das vagas, as exigências são as mesmas para se trabalhar numa grande empresa, com ênfase um pouco maior no domínio de idiomas.

"Além da sua língua nativa, você precisa ser fluente numa outra e ter noções de pelo menos mais dois idiomas", diz. Dentro de suas estruturas, as Nações Unidas trabalham com seis idiomas considerados oficiais: inglês, francês, espanhol, chinês, árabe e russo.

A professora dá também uma boa notícia para quem considera a ONU uma possibilidade distante devido à concorrência. "O Brasil tem direito a uma cota no número de funcionários da organização e a cota nunca é suprida. Sempre sobram vagas", diz. Essa reserva de postos de trabalho se deve aos princípios que regem as Nações Unidas, como a justa representatividade das 193 nações que a integram.

Pelo mundo

Citado como exemplo de quem não desistiu de seus objetivos, Héber Costa, ex-aluno de Ângela, concluiu o curso de Relações Internacionais em Curitiba e resolveu aumentar suas chances de conquistar um lugar na ONU. Inscreveu-se em um programa de mestrado em Segurança Internacional, em Genebra, na Suíça – onde estão as sedes de várias agências vinculadas às Nações Unidas.

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O mestrado abriu as portas para uma breve experiência como trainee em um escritório na ONU e, assim, surgiu o convite para trabalhar no processo eleitoral do Haiti em 2010, quando as consequências do terremoto que devastou a ilha ainda eram bem visíveis.

Depois da eleição no Haiti, Héber está ajudando agora os habitantes de Timor Leste, país de constante instabilidade política que passa por um processo de democratização e que também terá eleições em 2012. "Os desafios por aqui vão muito além da competência profissional. É preciso aprender a viver em lugares remotos, com pouco desenvolvimento econômico e pouca segurança", conta.

Vocação nasce cedo

O trabalho em causas sociais pode começar cedo, antes mesmo da universidade. A aluna Aline Czezacki, 17 anos, do ensino médio do Colégio Sepam, em Ponta Grossa, participa de iniciativas de voluntariado desde os 11 anos e, na semana passada, tornou-se a primeira paranaense a representar o Brasil na Conferência Regional das Nações Unidas para Jovens da América Latina e Caribe, organizada pela ONU e realizada no México.

"Seria uma grande realização fazer parte da ONU. Não tenho dúvidas de que lutar por causas humanitárias é o que gosto de fazer", diz Aline. Em agosto deste ano, ela participou de um workshop, em Brasília, com a ministra Maria do Rosário, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos.

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Essas duas experiências recentes em eventos oficiais impulsionaram ainda mais os projetos da estudante. "Fazer a diferença nos dá uma autoconfiança muito grande. Você passa a acreditar que é capaz de realizar grandes feitos que antes pareciam impossíveis", diz.