Outra opção
A UFPR também oferece o curso de Matemática Industrial, voltado especificamente para atuação em organizações, em que o profissional poderá propor soluções para empresas e indústrias. A duração é de 4 anos e as aulas são à tarde. No vestibular passado, eram 2,13 candidatos para cada uma das 40 vagas.
A fama de ser difícil faz, muitas vezes, os vestibulandos nem cogitarem a possibilidade de fazer uma graduação em Matemática. Essa ciência exige, sim, dedicação, persistência, criatividade e imaginação para resolver problemas, qualidades igualmente desejáveis no profissional da área. Mas não é nenhum bicho de sete cabeças e tudo se torna mais fácil quando existe o gosto pelos números.
Alguns chegam a falar em paixão. "Quem curte matemática não apenas gosta, adora. É uma ciência apaixonante, cheia de desafios", explica a professora Maria Eugenia, coordenadora do curso da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP). É o que acontece com Daniele Thoaldo (foto acima), 28 anos, mestranda na área e professora de graduação e ensino fundamental. "Chego a deixar de sair sábado à noite para ficar estudando", conta. Ela também diz que seu dia a dia é cheio, com atividades principalmente em casa, elaborando aulas. "Para que se tenha uma aula boa aula é necessário fazer uma boa pequisa, ver o que está acontecendo", justifica.
Os licenciados têm pela frente um mercado carente de profissionais capacitados. Recentes políticas educacionais do governo têm como objetivo justamente estimular a formação de professores. "Sabemos que tem muito professor de outras áreas lecionando Matemática e Física. Por isso precisamos de mais gente devidamente capacitada", conta Maria Eugenia. Ainda de acordo com ela, os salários podem ser muito atrativos, principalmente em escolas particulares.
Outras formas de atuação
Além da licenciatura, o profissional pode se formar em bacharelado e atuar no ramos de pesquisas ou em empresas. Apesar de serem habilitações separadas, na prática há uma certa sobreposição de funções, conta o professor Manuel Barreda, coordenador do curso da Universidade Federal do Paraná (UFPR). "Temos exemplos de licenciados que se dedicam à pesquisa e de bacharéis que atuam no ensino. Nas duas situações, há a necessidade de complementação, para cumprir as exigências de cada habilitação."
Mas o que faz um profissional de matemática dentro de uma empresa? Ele aplica seus conhecimentos para antever, prevenir e propor soluções para problemas reais por meio de modelos matemáticos. Assim pode atuar em vários ramos, otimizando processos, por exemplo, ou prestando suporte para profissionais que dependem da Matemática, como economistas, engenheiros e desenvolvedores de software.
Uma terceira forma de atuação é a pesquisa, que pode ser desenvolvida tanto na área de ensino, nas suas aplicações ou na forma pura da Matemática, investigando novas teorias e estendendo os resultados das já formuladas.
Ficha TécnicaSaiba mais sobre o curso e o mercado de trabalho
Onde estudar Segundo o MEC, exitem 35 cursos de Matemática no Paraná. Além da UFPR e da UTP, a PUCPR e a Unibrasil oferecem o curso em Curitiba. No interior do Paraná, as estaduais UEL, UEM, Unicentro, Unioeste, UEPG e a UTFPR no campus Pato Branco também tâm a graduação.
Duração do curso De três a cinco anos, conforme a habilitação e a instituição de ensino.
Mensalidade Na UTP, o investimento é de R$ 478 por mês
Outros custos Não há grandes custos extras. Os livros podem ser adquiridos, caso o aluno queira, ou consultados nas bibliotecas das instituições.
Mercado Varia conforme a habilitação. Os licenciados são capacitados para dar aulas no ensino básico, já os bacharéis podem trabalhar em empresas e indústrias, propondo soluções para problemas práticos. O matemática também é um importante suporte para engenheiros e outros profissionais que lidam com cálculos, atuando em grandes empresas desses ramos. Além disso, podem atuar em pesquisas.
SaláriosNo Paraná, não há um referencial de salário para a atuação de bacharéis em matemática, dizem os professores consultados. Para os licenciados, valem os padrões de remuneração da rede de ensino em que estão inseridos. Na estadual , por exemplo, o piso é de R$ 737,95 para 20 horas semanais.