Andréa Dagmar de Almeida trabalha no asilo São Vicente de Paulo e ajuda os idosos a melhorarem sua autoestima.| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
Confira o que é verdade e o que é mito na profissão

A terapia ocupacional é uma profissão da área da saúde que utiliza atividades planejadas na prevenção e no tratamento de distúrbios físicos e mentais e de desajustes sociais. A área ganhou impulso no mundo com as duas guerras mundiais, pela necessidade de reabilitação dos soldados que voltavam feridos do conflito e precisavam ser reinseridos na sociedade.

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"Imagine uma pessoa que tem uma vida produtiva e sofre um acidente. O terapeuta ocupacional é um dos profissionais que vai auxiliar esse paciente a retomar a sua atividade ou, se a limitação for muito grande, a encontrar alternativas dentro do seu trabalho", explica a coordenadora do curso da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Rita Aparecida Ber­­nardi Pereira. De acordo com a vice-coordenadora da graduação, Cláudia Omairi, o terapeuta ocupacional trabalha com a reeducação do paciente e também pode sugerir adaptações no ambiente e em tarefas básicas do cotidiano. "Tra­­ba­lha­­mos para que a pessoa tenha in­­dependência, autonomia no seu dia a dia", afirma.

Mas o papel do profissional da área vai além do auxílio a pacientes com seqüelas físicas. O terapeuta ocupacional pode trabalhar com avaliação ergonômica em empresas, adequando os mobiliários e os equipamentos para prevenir acidentes e o aparecimento de lesões nos funcionários; com o desenvolvimento educacional de alunos portadores de necessidades especiais; e com a reinserção de presos e viciados em drogas à vida em sociedade. O profissional também pode atuar com a reintegração social de idosos, como é o caso de An­­dréa Dagmar de Almeida, 32 anos, que trabalha em Curitiba no asilo São Vicente de Paulo. "Trabalho com projetos que ajudem a melhorar a autoestima dos idosos", explica. Um dos projetos deu origem ao Empório da Vovó, local onde são vendidos artesanatos confeccionados pelas moradoras. "Elas mostram para a sociedade que ainda são úteis e se sentem valorizadas. São as próprias moradoras que vendem o artesanato e com isso conseguem perceber o olhar de quem vem de fora, o que é uma forma de socialização", afirma.

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FICHA TÉCNICASaiba mais sobre o curso e a atividade profissional

Onde estudarSegundo o MEC, apenas duas instituições do Paraná oferecem o curso: a UFPR e a Universidade Tuiuti do Paraná.

Duração do cursoQuatro anos na UTP e 4 anos e meio na UFPR.

MensalidadeR$ 1.150 (UTP).

Outros custosDurante a graduação, os estudantes da Federal precisam comprar materiais específicos para a confecção de equipamentos usados na reabilitação física de pacientes (como placas de plásticos para a construção de talas). Segundo a coordenadora do curso, entretanto, os custos não são altos e podem ser divididos entre os alunos. Na UTP os materiais são fornecidos aos estudantes.

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MercadoOs terapeutas ocupacionais são requisitados principalmente por centros de atendimentos psiquiátrico e pelas Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes). A oferta de empregos é maior no interior do estado.

SaláriosO piso salarial em Curitiba e região metropolitana é R$ 1.155, para 30 horas semanais de trabalho.

Algumas disciplinasPsicologia aplicada à saúde (1º período), Ortopedia (3º período), Psiquiatria (4º período) e Terapia Ocupacional Aplicada à Geriatria e Gerontologia.

ConcorrênciaUFPR 2009/2010 - 4,4 candidatos/vaga - São 60 vagas, com aulas em período integral.

AvaliaçãoEm 2007, último ano em que os cursos de Terapia Ocupacional foram avaliados pelo MEC, a graduação da UFPR tirou nota máxima (5) no Conceito Preliminar de Curso (CPC). O curso da Tuiuti recebeu nota 3.

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