Flávia Justus é psicóloga do Coritiba e até fez curso para treinadora de futebol| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Ulisses Natal: Psicologia do Trabalho é o segundo maior campo de atuação
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Quem se forma em Psicologia recebe na faculdade conhecimentos que dão sustentação teórica para a atuação em empresas, mas o mesmo não acontece com a área esportiva. "Para atuar como psicólogo esportivo, o estudante tem de fazer a graduação em Psicologia e uma especialização ou curso direcionado à Psicologia do Esporte. Na faculdade, essa área é uma disciplina complementar", comenta a psicóloga do esporte Flávia Brenner Focaccia Justus, proprietária da clínica Podium.

Por outro lado, para o professor Ulisses Domingos Natal, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), a psicologia organizacional e do trabalho desponta como o segundo campo de maior atuação para psicólogos. "O profissional pode atuar tanto com vínculo de emprego ou como consultor ou assessor externo. Uma especialização é importante, pois oferece uma atualização de conhecimentos mais direcionados à prática profissional e também valoriza o currículo", afirma.

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Conheça mais sobre as duas áreas:

>>> Nas grandes corporações

Quando o estudante do 4º ano de Psicologia Leonardo Serakowski Garcia, 21 anos, entrou na faculdade, pensava que seguiria o caminho da clínica, como a maioria dos colegas. Mas foi uma oportunidade de estágio na área organizacional que o fez mudar de ideia. "Durante as seleções, como psicólogo, você acaba vendo coisas que outras pessoas não observam na parte comportamental dos candidatos. O mais prazeroso é fazer a seleção e conseguir o resultado esperado", diz.

Com o tempo, o trabalho dos psicólogos organizacionais, que inicialmente estava atrelado à contratação de pessoas, se tornou mais abrangente. A atuação passou a envolver a formação do funcionário, a orientação do trabalho, planos de carreira e o estudo do ambiente organizacional.

Contribuição

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"A contribuição é tanto técnica como estratégica. Promove e facilita os processos de comunicação por meio de treinamentos e outras técnicas que visem processos de mudança. Sensibiliza, aconselhando os gestores com o objetivo de desenvolver e reforçar os papéis de liderança. Diagnostica problemas de cultura e clima organizacional, propondo intervenções que resultem em melhorias", resume Natal.

>>> Em academias e arenas

Há um mito que relaciona a Psicologia Esportiva a atletas de alta performance. A verdade é que atletas amadores e "de fim de semana" também têm descoberto os benefícios do acompanhamento. "É possível trabalhar a insegurança e a ansiedade de qualquer um que pratica qualquer esporte, seja o corredor de fim de semana, o skatista ou o surfista. Por isso, é importante o psicólogo conhecer bem as atividades esportivas", diz o psicólogo Marco Antonio dos Santos Ferreira, professor de Psicofisiologia do Esporte da Faculdade Dom Bosco.

Os atletas já otimizaram a performance esportiva referente à parte técnica, de preparo e nutrição. Agora é o desenvolvimento psicológico que tem sido procurado. Quem pretende seguir a área deve se preparar para passar menos tempo dentro do consultório. "O profissional atende o atleta em campo, antes da competição, durante e depois. Trabalho com 17 modalidades esportivas. Posso dizer que não tenho fim de semana triste", brinca Ferreira.

Espaço

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Segundo Flávia Justus, a área tem espaço para expansão. "Cada vez mais treinadores e academias buscam profissionais especializados. A preparação psicológica faz a diferença no esporte. O estudante costuma sair cru da faculdade. É importante buscar fora esse conhecimento", diz.

Serviço:O Centro Europeu lançou o curso de Psicologia Esportiva, coordenado pela psicóloga Flávia Focaccia Justos. Mais informações no www.centroeuropeu.com.br, ou fone (41) 3222-6669.

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