O ensino superior no Brasil atingiu, no ano passado, 7.037.688 matrículas na graduação, o que representa crescimento de 4,4% em relação a 2011. Desse total, o número de matrículas nas instituições públicas chegou a 1.087.413 e, nas privadas, a 5.140.312. Nas escolas privadas, houve crescimento de 3,5% e, nas públicas, de 7%. Os dados são do Censo da Educação Superior de 2012, divulgado hoje (17) pelo Ministério da Educação (MEC).

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"O setor privado é maior, mas foi o setor público que sustentou o crescimento", disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Levando-se em consideração graduação e pós-graduação, as matrículas somaram 7.261.801. "Temos 7,2 milhões na universidade e 7 milhões no Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] querendo entrar. Apesar de toda a expansão no ensino superior, temos um número igual [aos que estão no ensino superior] batendo na porta, querendo entrar", ressaltou o ministro.

Segundo o levantamento, apesar de estarem em maior número, as faculdades, que representam 84% do número de institutos, atendem a pouco menos de 29% dos alunos. A maioria está nas universidades, que representam 8% das instituições e atendem a mais 54% dos alunos.

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O crescimento, no entanto, foi inferior ao apresentado no último censo. De 2010 para 2011, o número de matrículas cresceu 5,6%. O ministro justifica a queda pela diminuição da abertura de vagas nas instituições privadas. "O que observamos foram acomodações no ensino privado [com fusões e aquisições] e não a expansão", explicou o ministro.

Ele destaca, porém, que o número de estudantes que ingressaram chegou a 2.747.089, o que representou um crescimento de 17,1% em relação a 2011 e de 91,9% nos últimos dez anos. Do total de novos alunos, a maioria está na rede privada, 2.199.192, alta de 18,5% em comparação ao ano anterior. As públicas receberam 547.897 calouros, aumento de 6,7% em relação ao último ano.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia responsável por compilar os dados, Luiz Cláudio da Costa, diz que o resultado mostra que "quem quer, tem acesso ao ensino superior". Ele se refere principalmente a faixa de 18 a 24 anos. Segundo ele, 1,8 milhão deixam o ensino médio, número inferior ao total de vagas oferecidas. Programas de expansão do ensino superior público e privado, como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), garantem o acesso dos jovens de baixa renda.

Mercadante estima que se mantido o ritmo de crescimento, até 2022, será possível chegar a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) - também meta do Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Congresso Nacional - de 34% da população de 18 a 24 anos estarão matriculados no ensino superior ou graduados. A taxa atual é 17,8%.