Em assembleia geral realizada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) na quinta-feira (4), os estudantes presentes decidiram, em votação unânime, entrar em greve caso as aulas na universidade sejam retomadas na próxima segunda-feira (8). Os alunos reivindicam melhoria da qualidade dos cursos ofertados pela instituição.

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O início do segundo semestre letivo estava previsto para esta segunda-feira (1), mas foi adiado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) em virtude da greve dos servidores técnicos administrativos. Na quinta-feira (4), os professores da instituição também aprovaram o indicativo de greve. No próximo fim de semana a categoria nacional se reunirá para decidir se inicia ou não uma paralisação. Segundo o secretário-geral da Associação dos Professores da Universidade, Rogério Gomes, 290 dos 300 docentes que participaram da assembleia ontem foram favoráveis ao indicativo da greve. Servidores técnico-administrativos da UFPR continuam paralisados desde o dia 15 de junho e a volta às aulas ainda é incerta.

No dia 26 de julho, reunião entre professores e funcionários no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) havia transferido o retorno das aulas para o dia 8 de agosto, atrasando o calendário acadêmico em sete dias. Mas as negociações não avançaram e a previsão é de que o movimento continue por tempo indeterminado.

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Hoje o Cepe se reunirá novamente, provavelmente para oficializar um novo adiamento. Chegou-se a cogitar que os docentes fizessem as matrículas manualmente, o que não foi aceito. Os servidores paralisaram o sistema on-line de matrículas e fecharam bibliotecas e restaurantes universitários. No dia 20 de julho o Centro de Com­putação Eletrônica foi lacrado. Só os alunos de Medicina e Direito seguem o calendário normal.

O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público, Antonio Neris de Souza, diz que só haverá alguma nova deliberação depois da manifestação que será feita em Brasília na semana que vem.

O que você acha da posição do DCE e dos professores?