As demissões dos professores das Faculdades Integradas Espírita foram suspensas pela própria instituição após audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT), realizada na quarta-feira (22). Com a decisão, os docentes demitidos permanecem vinculados à instituição, que passa a negociar com o Sindicato dos Professores de Ensino Superior (Sinpes).
Durante encontro que reuniu representantes dos professores, sindicato e faculdade, o procurador Alberto Emiliano de Oliveira Neto disse que, por se tratar de demissão coletiva, o empregador é obrigado a negociar previamente com a entidade sindical da categoria, o que não ocorreu no caso da Espírita. A faculdade acatou a recomendação do MPT e suspendeu os desligamentos.
No dia 19 de dezembro, os 105 funcionários da faculdade, dos quais 81 são professores, foram informados sobre o fechamento dos cursos sob a alegação de que a Espírita não teria condições de arcar com os salários. A instituição informou que os alunos seriam transferidos para outras faculdades, o que gerou protestos dos estudantes. Eles temem ter a formatura atrasada por causa da mudança.
Novo plano
Nesta quinta-feira (23), em uma mesa-redonda promovida pelo Sinpes na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, o diretor da Espírita, Emerson Lopes, apresentou um novo plano para manter em funcionamento as graduações em Yogaterapia, Naturoterapia e Geografia e o curso livre de Parapsicologia.
No entanto, a instituição insiste em encerrar os cursos de Fisioterapia, Nutrição, Biologia e História, alegando que parte dos alunos já se transferiu e outras turmas aguardam resposta de faculdades procuradas para recebê-los. A Universidade Tuiuti do Paraná e o Centro Universitário Campos de Andrade (Uniandrade) seriam alguns dos possíveis destinos.
Os professores da Espírita e o Sinpes se reunirão nesta sexta-feira (24) para preparar uma contraproposta. "Vamos ver se conseguimos salvar mais algum curso", diz o vice-presidente do Sinpes, Valdir Perrini.