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Pesquisa

Entre a biblioteca e o conforto de casa

A mestranda Juliana Chevônica prefere passar o dia na biblioteca e pesquisar em casa só à noite, evitando interrupções por parte da família. | Henry Milleo / Gazeta do Povo
A mestranda Juliana Chevônica prefere passar o dia na biblioteca e pesquisar em casa só à noite, evitando interrupções por parte da família. (Foto: Henry Milleo / Gazeta do Povo)

Pesquisar em casa é um desafio constante para muitos universitários, mas especialmente para pós-graduandos. A maior das tentações a ser vencida é o uso inadequado da internet, ferramenta indispensável para quem opta por fazer trabalho acadêmico de casa. Mas as tarefas domésticas e aquele sofá confortável podem acabar se convertendo em perigos para um trabalho acadêmico bem sucedido.

Diferente da graduação, quando se tem aula praticamente todos os dias, programas de mestrado, doutorado e mesmo especializações deixam os estudantes mais livres de aulas presenciais para que se dediquem exclusivamente à produção do trabalho final. Quando essa fase chega, a determinação é a melhor companheira.

"A maior dificuldade é focar no que você está fazendo, pois é muito fácil deixar o trabalho para depois de arrumar a casa, depois de fazer almoço, depois de ir a ginástica", diz Marcia Regina Santiago Scarpin, doutoranda em Administração pela Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo. Para ela, a ausência de alguém que cobre o trabalho incentiva a protelação e faz o aluno se sentir bastante solitário. "Às vezes me pego falando comigo mesma", brinca.

Apesar da luta contra as distrações caseiras, ela prefere estudar no tentador aconchego de casa a passar dias no "clima tenso" de muitas bibliotecas. "O tempo que você passa lá te ajuda a concentrar, mas no final é como se tivesse passado o dobro do tempo, é muito cansativo", diz.

Preferência pela biblioteca

Segundo a mestranda em Direito do Estado na Universidade Federal do Paraná (UFPR) Juliana Chevônica, a atraente possibilidade acessar redes sociais e vídeos a qualquer instante é que torna a internet ameaçadora. Para se precaver, ela escolheu instalar em seu próprio computador softwares que bloqueiam, por algumas horas, o acesso a Facebook, YouTube e quaisquer outros sites que considere inadequados para o momento.

Além das tentações online, Juliana diz que prefere pesquisar em bibliotecas durante o dia e em casa só à noite, por conta das interrupções típicas do convívio familiar. "É difícil a família entender [a rotina de mestranda]. Eles acabam pensando que a você só está na internet", lamenta.

Rigor na rotina é o segredo do sucesso

Confira atitudes recomendadas para se conseguir uma rotina de pesquisa produtiva dentro de casa:

- Contato pré-definidoEstabeleça uma política de relacionamento clara com o orientador. Alguns professores não suportam ser procurados de surpresa por alunos nas redes sociais, outros preferem um contato mais constante.

- Anote tudoMantenha blocos de papel, cadernos e canetas sempre ao alcance da mão. Muitas ideias passam pela cabeça num instante e não voltam mais.

- Duas telasQuem usa muitos arquivos digitais deve considerar o uso de dois monitores, como um notebook e um tablet, para agilizar as consultas. Quem usa uma única máquina tem de ficar procurando por janelas abertas, o que consome tempo e estressa.

- Rotina de trabalhadorEstabeleça para si horários típicos de quem sai para trabalhar numa empresa. Acorde todos os dias no mesmo horário, defina o horário de almoço e seja fiel ao fim do "expediente". Fontes: Professores Marlos Skora, coordenador da especialização em Recursos Humanos UniBrasil, e Clara Maria Roman Borges, vice-coordenadora do programa de pós-graduação em Direito da UFPR.

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