As Faculdades Integradas Espírita voltaram a funcionar e as aulas estarão totalmente regularizadas a partir da próxima semana. Embora a maioria dos professores tenha rejeitado a proposta de assumir a administração da faculdade, o Instituto de Cultura Espírita do Paraná, em acordo com o Ministério Público, decidiu prosseguir com o plano de manter o funcionamento da faculdade por mais um ano.

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De acordo com o novo diretor da instituição, professor Ivalino Garcia, os alunos voltaram a ter algumas aulas na terça-feira (18) e, apesar do pequeno número de professores e funcionários, a quantidade seria suficiente para atender os cerca de 150 estudantes que permaneceram na faculdade desde o início da crise. "Hoje já pagamos algumas contas e tudo vai ser normalizado no decorrer da próxima semana", diz Garcia. Ele conta que, dos 81 professores atuantes na instituição até o ano passado, ficaram apenas 25.

O retorno das aulas, no entanto, não altera a demissão coletiva já acordada com o sindicato da categoria. Os professores que optaram por continuar seu trabalho na Espírita serão recontratados pelo período específico de 12 meses, após a demissão ser oficializada.

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Os sete cursos que voltaram a funcionar por permanecerem com alunos concluintes são Yogaterapia, Naturoterapia, História, Geografia, Nutrição, Biologia e Parapsicologia.

Entenda o caso

No dia 19 de dezembro de 2013, todos os professores e funcionários das Faculdades Espírita foram informados da demissão coletiva e do encerramento da maioria dos cursos. O anúncio levou os professores a buscarem a mediação do Sindicato dos Professores de Ensino Superior (Sinpes) e do Ministério Público do Trabalho, que passaram a negociar com a mantenedora da faculdade. As demissões anunciadas foram suspensas em 23 de janeiro, até que as condições da rescisão fossem devidamente negociadas com o Sinpes.

Em assembleia promovida pelo sindicato em 7 de fevereiro, os docentes da Espírita aprovaram um plano para manter o funcionamento da instituição por mais um ano, até que os alunos concluintes conseguissem se formar. Na ocasião, os professores aceitaram a proposta de assumir a administração da instituição, sendo recontratados temporariamente e indicando um novo diretor.

A proposta foi aceita pela mantenedora e Garcia foi nomeado diretor, mas em outra segunda assembleia, ocorrida em 14 de fevereiro, professores descontentes com a proposta rejeitaram assumir a faculdade. A decisão final, entretanto, coube à mantenedora e ao Ministério Público, que mantiveram o plano traçado anteriormente.

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