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Pelo menos 200 estudantes se reuniram nas escadarias do prédio histórico da UFPR | Daniel Castellano
Pelo menos 200 estudantes se reuniram nas escadarias do prédio histórico da UFPR| Foto: Daniel Castellano
  • A mobilização foi marcada há duas semanas pela rede social Facebook
  • Estudantes levaram faixas pintadas
  • Pedro Omoto, 18 anos, ficou sabendo da manifestação pela internet e se ofereceu para distribuir panfletos
  • Manifestações semelhantes estavam agendadas para este fim de semana em outras capitais

A insatisfação com a falta de negociações entre governo e professores das universidades federais, que estão em greve há cem dias, levou na tarde deste sábado (25) cerca de 200 estudantes às escadarias do prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na Praça Santos Andrade, em Curitiba.

A mobilização foi marcada há duas semanas, quando universitários se uniram a estudantes do ensino médio que protestavam pela rede social Facebook. A preocupação dos estudantes pré-vestibulares era relacionada ao risco que o processo seletivo corre com a continuidade da greve, segundo o estudante de Ciências Sociais da UFPR Lucas Carvalho, 19 anos.

O grupo de estudantes partiu da Praça Santos Andrade por volta das 14h30 em direção à Boca Maldita, interrompendo o fluxo da Avenida Marechal Deodoro durante o percurso. Segundo o grupo que organizou o "Manifesto Pró-Educação", além de cobrar a retomada das negociações entre governo e sindicatos, são objetivos do ato pedir a valorização da educação e o investimento imediato de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação pública.

A estudante do terceirão do Colégio Bom Jesus, Carolina Bassani Silveira, 17 anos, foi à mobilização acompanhada do pai, Evandro, e do irmão mais novo, Renan. Ela conta que mesmo com todas as paralisações que a Federal tem enfrentado, pretende lutar por uma vaga no próximo processo seletivo. "Apoio as greves e grande parte dos estudantes também apoia, pois os professores estão certos, a Educação tem de melhorar", disse.

Distribuindo folhetos sobre o ato havia outro estudante do ensino médio, Pedro Omoto, 18 anos, que faz o terceiro ano no Colégio Dom Bosco. Ele que ficou sabendo da manifestação pela internet e foi para lá sozinho, se oferecendo para ajudar. Segundo Pedro, pedir mudanças no sistema de educação é importante, mesmo que para isso sejam necessárias greves. "As aulas são interrompidas e há algum prejuízo para os alunos, mas o prejuízo é muito maior se as coisas continuarem como estão", afirmou.

Apoio

Familiares dos estudantes e ex-alunos também participaram do ato. A professora da rede estadual aposentada Edi Klemmer, 60 anos, foi à Santos Andrade acompanhar a filha Ana Caroline, que já é formada em Relações Internacionais e pretende fazer mestrado em Sociologia na UFPR. Ela estava emocionada com a atitude dos estudantes, que da escadaria cantavam diversos gritos de guerra, como: "O professor é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo!". "Acho isso muito lindo, uma pena não termos professores aqui apoiando essa iniciativa ou mais envolvimento da sociedade", disse. Manifestações estavam agendadas para este fim de semana em outras capitais, como Vitória (ES), João Pessoa (PB), Aracaju (SE) Natal (RN), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG).

Veja mais fotos do protesto

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