O período glacial é um dos temas abordados no curso de Biologia. Imagens são expostas e cabe aos alunos um pouco de imaginação para mergulharem no assunto. Seis alunos da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) tiveram a oportunidade de imergirem nesse universo de forma mais intensa. Eles foram convidados para trabalhar entre um mamute, um alce gigante, um tigre-dente-de-sabre e outros animais que habitaram o planeta há mais de 12 mil anos. Eles são monitores da exposição itinerante Gigantes da Era do Gelo, aberta no ParkShoppingBarigüi, em Curitiba.
Além dos conhecimentos adquiridos em sala, o sexteto passou por um treinamento para encarar os visitantes e as réplicas dos animais, que chegam a ter 4 metros de altura. Segundo a coordenadora de Biomedicina e Ciências Biológicas da UTP, Camila Nunes Ribeiro, esta é uma grande oportunidade de relacionar o que os alunos aprendem em Paleontologia. "Essa participação estimula a pesquisa entre os estudantes e melhora a capacidade de comunicação", diz.
Entre os acadêmicos selecionados para a monitoria, que tem duração de 20 dias e é remunerada, está Bruno Curuca, 20 anos. Ainda sem saber se seguirá a carreira como professor ou pesquisador, ele tem certeza de que participar desse projeto conta bastante para sua formação.
Parque da Ciência
O mesmo ganho têm os estudantes que trabalham como monitores no Parque Newton Freire Maia, o Parque da Ciência. Oito estagiários dos cursos de Química, Pedagogia, História e Biologia passam 30 horas mensais no museu, atendendo a um público formado principalmente por estudantes do ensino fundamental. Dos 47 funcionários atuais, 34 iniciaram a carreira como estagiários do museu. Um motivo de orgulho para o diretor Sérgio Antônio Barreto de Faria. Ele conta que foi solicitada à Secretaria de Estado da Educação a contratação de mais estudantes, já que o ideal seria 25 estagiários no atendimento. A perspectiva é alcançar 70 mil visitantes neste ano.
"O estágio é fundamental na formação e aqui eles começam nas visitações dentro de sua área, com acompanhamento dos supervisores, desenvolvendo seus conhecimentos", explica Faria. O parque permanece aberto de terça a sábado, mas nas segundas-feiras a equipe não tem folga. Esses são os dias reservados para a capacitação. São reuniões e seminários em que todos apresentam pesquisas que fizeram a respeito de aspectos diferenciados do acervo.