A direção das Faculdades Integradas Espírita será entregue aos professores da instituição, que continuará a funcionar durante o ano letivo de 2014 somente com os alunos em último ano de curso. Esse foi o acordo firmado entre a mantenedora, o sindicato e os professores após a orientação do Ministério Público do Trabalho (MPT), que recomendou a renegociação da demissão em massa dos docentes, ocorrida em dezembro de 2013.

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De acordo com o Sindicato dos Professores de Ensino Superior (Sinpes), o Instituto de Cultura Espírita do Paraná, mantenedora da faculdade, aceitou a contraproposta dos professores de assumir a direção da Espírita durante o ano de 2014 para que os alunos concluintes não fossem prejudicados. Todas as turmas de formandos, de todos os cursos oferecidos pela instituição, serão mantidas.

No dia 10 de fevereiro, após ser indicado pelos colegas em assembleia, o professor Ivalino Garcia foi oficialmente indicado como diretor geral da faculdade, com o aval da mantenedora da instituição. O antigo diretor, Emerson Lopes, pediu demissão.

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Segundo Garcia, em torno de 150 alunos permaneceram vinculados à Espírita após o início da crise, iniciada em 19 de dezembro com a demissão dos docentes. Eles serão recebidos na próxima segunda-feira (17) pelos coordenadores de curso e por professores temporários, contratados especificamente para concluir este ano letivo. "A mantenedora me deu liberdade para reestruturar os setores administrativo e acadêmico. O que queremos é que os formandos não sejam prejudicados", diz o novo diretor.

Garcia conta ainda que todos os alunos de 2.º e 3.º anos foram transferidos para a Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), para o Centro Universitário Campos de Andrade (Uniandrade) ou para a Faculdade Evangélica do Paraná.

Os detalhes do novo funcionamento da instituição devem ser discutidos e aprovados na assembleia geral de professores nesta quinta-feira (13). Um interventor designado pelo Ministério Público também deve aprovar a proposta. O advogado da mantenedora, Marcos Bueno Gomes, foi procurado pela reportagem para comentar a transição, mas não retornou as ligações.

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