O ministro Aloizio Mercadante (Educação) voltou a criticar nesta terça-feira (10) a greve dos docentes, e afirmou que a paralisação atrapalhou as negociações entre governo e a categoria.

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"Se nós não tivéssemos tido esse processo [de greve], acho que teríamos concluído essa negociação. (...) Já poderíamos ter avançado muito se não tivesse tido esse impasse", afirmou em audiência no Senado Federal. O ministro voltou a chamar de "precipitada" a decisão dos docentes de cruzarem os braços.

"Para que uma greve em maio de 2012 se o orçamento só vai para o congresso em agosto?", questionou. Os professores universitários estão em greve há pouco menos de dois meses – segundo estimativa do Andes, ao menos 57 das 59 universidades federais foram afetadas.

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Mercadante enfatizou que "o governo tem o compromisso de reestruturar a carreira docente", mas disse que ainda não há uma estimativa de reajuste para a categoria -uma das demandas dos professores é a diminuição dos níveis para se chegar ao topo da carreira- hoje são 17, a demanda é pela definição de 13 estepes.

"O governo precisa de tempo pra saber qual é o espaço fiscal que temos, (...) pra saber qual é a possibilidade concreta dentro do orçamento de contemplar as demandas." Segundo Mercadante, a proposta do governo terá como foco "valorizar a titulação e a dedicação exclusiva". "Queremos melhorar o salário do professor titular que termina a carreira com R$ 12 mil."