Uma comissão com representantes das universidades federais foi criada hoje para debater as mudanças sugeridas pelo programa "Mais médicos", lançado semana passada pelo governo federal.

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A iniciativa permite a entrada de médicos com diploma estrangeiro - sem necessidade de revalidar o documento no país - para atuar por um determinado período em áreas onde hoje há carência de profissionais. A medida provisória que trata do assunto prevê ainda a criação de um ciclo adicional no curso de medicina.

Reunidos no Ministério da Educação na tarde de hoje, reitores e coordenadores do curso de medicina ouviram um detalhamento do programa dos ministros Aloizio Mercadante (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde). Na semana passada, entidades médicas e congressistas reclamaram não terem sido ouvidos na elaboração do programa. Ao final do encontro, Mercadante afirmou que as mudanças foram bem recebidas pelas federais.

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"Eles vão trabalhar junto com o Ministério da Saúde, Ministério da Educação e também no debate do Congresso Nacional pra gente aprimorar, recolher subsídios, para avançar nessas propostas em relação às iniciativas que o governo da presidenta Dilma está tomando na área", disse o ministro.

A comissão criada hoje conta com 11 representantes das federais - entre elas, estão, por exemplo, a Unifesp (Universidade Federal de São paulo), UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e UFC (Universidade Federal do Ceará).Mercadante destacou ainda que há tempo para discutir o assunto. As mudanças sugeridas para o curso de medicina somente terão efeito para os ingressantes na graduação em 2015. De acordo com a medida provisória, esses estudantes deverão atuar dois anos no SUS (Sistema Único de Saúde) após os atuais seis anos de graduação.

"Isso só será implantado em 2021. Temos sete anos para amadurecer a implantação. (...)Da última vez, quando passamos de um ano de internato para dois anos, esse debate começou em 93 e terminou em 2001. Foi um debate longo para conseguir avançar na estrutura curricular", disse.