Representantes do Ministério da Educação (MEC) visitarão a Universidade Federal do Paraná (UFPR) nos dias 24 e 25 de fevereiro para reavaliar o curso de Jornalismo da instituição, com ingresso de novos alunos suspenso desde dezembro de 2013. A data da visita impede que os 25 alunos aprovados no último vestibular iniciem as aulas com os outros estudantes de Comunicação Social. O ano letivo dos cursos de Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Jornalismo começa em 17 de fevereiro.
A data da visita foi informada pela UFPR e seria uma resposta ao pedido de revogação da medida cautelar que impede a universidade de matricular novos alunos no curso. A comissão será composta pelos professores David Renault da Silva, da Universidade de Brasília, e Heitor Costa Lima da Rocha, da Universidade Federal de Pernambuco. Os avaliadores devem analisar as melhorias promovidas e propostas pelo curso desde que a punição foi imposta. Em nota, a UFPR afirma entender que os alunos aprovados no vestibular da instituição têm direito às vagas e fez todos os esforços possíveis para que os alunos pudessem ingressar no curso. A instituição também diz ter tomado as medidas necessárias para atender às exigências do MEC e que o curso de Jornalismo fará "um grande esforço de autoavaliação" ao longo de 2014.
Caso a suspensão seja retirada, os aprovados em Jornalismo serão matriculados regularmente logo em seguida e os dias de aula perdidos serão repostos ao longo do ano letivo, informa a universidade.
Entenda o caso
Em dezembro do ano passado, os cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da UFPR tiveram o ingresso de novos alunos suspenso porque, em duas avaliações consecutivas (2009 e 2012), ficaram abaixo da média no Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador que leva em conta o desempenho dos alunos no Enade, o corpo docente, a estrutura do curso, entre outros quesitos.
Uma visita realizada por avaliadores no fim de 2013, porém, mudou a situação do curso de Publicidade, que teve a suspensão revogada. Já o curso de Jornalismo continua impedido de receber novos alunos.
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