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Intercâmbio

De olho nas oportunidades do mundo

O advogado Eduardo Mesquita fez intercâmbio no Japão e comenta que por lá é comum o estudante passar o dia todo na universidade. | Henry Milleo / Gazeta do Povo
O advogado Eduardo Mesquita fez intercâmbio no Japão e comenta que por lá é comum o estudante passar o dia todo na universidade. (Foto: Henry Milleo / Gazeta do Povo)

Estudar fora do país é o sonho de muitos alunos, mas chegar lá nem sempre é tão simples. Burocracias na hora da inscrição e do visto, o alto custo de vida e a falta de informação chegam a ser desmotivadores. Para vencer essas barreiras, é preciso planejamento, determinação, muita pesquisa e cuidado antes de arrumar as malas.

Entre as opções mais recorrentes para estudar fora do Brasil estão: bancar todas as despesas para fazer uma graduação inteira no exterior e garantir uma vaga em universidades brasileiras que tenham convênios de intercâmbio ou dupla formação com universidades estrangeiras. No intercâmbio, os alunos ficam menos tempo, e na dupla formação os alunos passam fora cerca de dois anos e recebem um diploma diferente.

Carlos Siqueira, assessor de Relações Internacionais da Universidade Federal do Paraná (UFPR), defende que esses programas enriquecem o processo de aprendizagem do aluno. "Ele acaba tendo disciplinas diferentes e acesso a conhecimentos que talvez não dominamos tão bem aqui. Convive com pessoas diferentes e terá um currículo diferente, com um percurso de empregabilidade maior", afirma. No segundo semestre de 2013, 333 alunos da UFPR foram para fora pelo programa Ciência sem Fronteiras, 90 com bolsas da própria instituição e 15 alunos sem bolsa.

O assessor destaca ainda a adaptação do aluno a diferentes modelos de ensino, o que contribui para a formação. "A diferença está, sobretudo, na carga horária em sala de aula. Lá [EUA, Austrália e países da Europa], se tem uma carga horária pequena em sala, mas grande em trabalhos individuais", diz Siqueira.

Estados Unidos

Areta Ulhana Galar, orientadora do centro EducationUSA Center, que ajuda alunos em seleções de universidades americanas, diz que uma das diferenças entre as instituições americanas e as brasileiras é grade curricular. "Nos EUA, os próprios alunos montam o programa. Tem algumas disciplinas básicas e várias opcionais. E todos os alunos têm um orientador para ajudar na construção desse processo", explica.

Thiago Arzua foi atendido por Areta e hoje estuda Medicina na University of South Florida. No total, ele se inscreveu em dez universidades. "Toma bastante tempo, mas é muito mais uma questão de organização. É muito diferente de uma preparação para um vestibular. Você precisa saber se vender como candidato à universidade", diz.

Ele explica que seu curso é dividido em duas etapas. Os alunos cursam disciplinas variadas nos primeiros quatro anos para depois se inscreverem para mais quatro anos de Medicina. Arzua ainda destaca a vantagem de morar no câmpus da universidade. "Fico a uns cinco minutos de todas minhas aulas."

Distância não é obstáculo para estudantes

Segundo dados da Organização para Serviços Estudantis do Japão (Jasso), em 2012, o país recebeu 276 universitários brasileiros. Uma das maneiras para estudar no Japão é concorrer a bolsas de estudo oferecidas no consulado nipônico. "Nós fazemos uma seleção, com prova de língua japonesa e inglesa e algumas matérias relativas ao curso escolhido", explica Akemi Ferreira, secretária do consulado em Curitiba.

O advogado Eduardo Mesquita (foto acima) passou um ano por lá, entre 2010 e 2011, para completar a faculdade de Direito. "Esse período foi determinante para mim, tanto no aspecto acadêmico – com oportunidade para pesquisar um país pouco estudado no Direito – como no pessoal – de viver em um país completamente diferente – e profissional." Sobre as aulas, Mesquita comenta que as aulas começam mais tarde. "O pessoal não chega tão cansado, mas é comum ficar o dia inteiro na universidade."

Europa

Países europeus também estão entre as opções dos estudantes. Além de aulas na língua nativa, oferecem opções de cursos e disciplinas em inglês. Um dos casos é a Finlândia, onde os professores têm mais liberdade para criar cursos e abordar conteúdos. "O interessante de se fazer uma graduação lá é que você encontra gente do mundo inteiro, o que acaba trazendo mais riqueza para o aprendizado", diz Carlos Eduardo Guimarães, cônsul honorário da Finlândia em Curitiba.

De US$ 40 mil a 60 mil É o valor estimado para viver e estudar durante seis meses nos Estados Unidos, contando todas as despesas.

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