PROGRAME-SE
Janeiro e julho são os meses preferidos dos intercambistas, assim como inglês é a língua mais procurada. Entre os destinos, Inglaterra, Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia atraem mais gente. Saiba o essencial para preparar a sua viagem:
Idioma
Não é necessário ter conhecimento prévio do idioma. No primeiro dia de aula, o aluno faz um teste e é alocado em uma turma específica para o seu nível.
Onde ficar
A escolha depende de cada perfil. Independentemente da hospedagem, é interessante não conviver com brasileiros para evitar falar o português durante a viagem.
Atividades
É aconselhável participar de todas as atividades extras propostas durante o intercâmbio, como excursões, práticas sociais e esportivas, para treinar o idioma o tempo todo.
Tempo ideal
Depende do esforço de cada estudante. O aperfeiçoamento será mais significativo se o aluno participar de atividades e interagir com pessoas de outras nacionalidades.
Fonte: Juliana Colaço, coordenadora de intercâmbio da agência CI.
Com a proximidade das férias de julho, muitos estudantes aproveitam o tempo livre para viajar e aprender ou aprimorar um idioma. Mariana Bastos, 16 anos, classifica esse tipo de intercâmbio como uma grande experiência. Ela gostou tanto que partirá neste ano para a terceira temporada no exterior. "Aperfeiçoei o vocabulário e a pronúncia do inglês. Foi ótimo", conta a jovem que já ficou um tempo em Los Angeles (EUA) e Vancouver (Canadá) e desta vez irá para Nanaimo, também no Canadá.
Para aprimorar os conhecimentos em Espanhol, Marcela Verasquim aproveitou as férias de verão, em 2010, para fazer um curso na Argentina durante três meses. Embora ela já dominasse o idioma, Marcela acredita que só ficou fluente na língua quando fez o intercâmbio. "Foi uma das maiores experiências da minha vida. Pude conhecer várias culturas", aponta a jornalista.
O economista Diogo Kugler, 25 anos, sempre quis viajar para aprimorar o inglês, mas nunca teve a oportunidade durante a adolescência. Para recuperar o tempo perdido, ele aproveitou as férias no trabalho e foi para os Estados Unidos cursar o idioma por quatro semanas. "O idioma é essencial, tanto por aspectos profissionais, já que o banco onde trabalho está expandindo os negócios no exterior, quanto pessoais, pois adoro musica e literatura estrangeira", conta Kugler, que voltou recentemente de San Diego, onde ficou hospedado.
Planejamento
Diogo, Mariana e Marcela recorreram a agências para planejar o intercâmbio, o mais indicado para evitar maiores transtornos e preocupações. Na opinião do economista e da jornalista, as melhores opções são casas de estudantes ou albergues. "Em casa de família você fica muito preso. No albergue conheci pessoas de vários lugares e treinei outras línguas além do espanhol", revela Marcela.
Já Mariana preferiu ficar em casas de família nas duas viagens que fez. Na primeira vez não conviveu com brasileiros e na segunda chegou a morar com uma. "Aproveitei mais quando não estava com brasileiros porque praticava o idioma o tempo todo em casa", explica. Para Kugler, é importante não ficar "preso" aos conterrâneos. "Apesar de ter feito o curso, aprendi mais o inglês falando com as pessoas na rua. Passeei sozinho, conversei com americanos, perdi o medo de falar", conta.
Ter a mente aberta para vivenciar novas experiências é a grande dica que os intercambistas dão para quem pretende viajar. "Tem que deixar de lado a visão fechada de mundo", opina Marcela. Já Mariana aconselha aos viajantes que não tenham vergonha. "Na primeira viagem eu era muito tímida. Na outra consegui me expressar melhor e fazer amigos de lugares diferentes", lembra.
Além de conhecimento, viagem pode servir para juntar dinheiro
Além de aperfeiçoar o inglês, o empresário Caio Catalana também juntou uma graninha quando fez intercâmbio. Enquanto cursava Administração, ele foi para Los Angeles (EUA) para trabalhar e acredita que essa é a melhor maneira de aprender outro idioma. "Você aperfeiçoa a língua rapidamente e conhece de perto como vive um cidadão americano, já que participa da sua rotina", explica.
Ele trabalhou em uma cafeteria e em um restaurante. "Juntei muito dinheiro, o suficiente para pagar as passagens e tarifas, mas acabei gastando tudo para conhecer outros lugares no país", diz. Catalana lembra que interessados em ter uma experiência semelhante nos Estados Unidos devem estar atentos aos documentos necessários para a viagem e a estadia. "O visto de trabalho tem um prazo máximo e a pessoa deve ter em mãos o Social Security [emitido em agências do governo americano]. Sem esse documento você não pode trabalhar", explica.
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