7 doses
de bebida alcoólica é a quantidade ingerida por universitários curitibanos em uma mesma ocasião. Isso está acima da média considerada aceitável pela Organização Mundial de Saúde, que é de quatro doses para mulheres e cinco para homens.
A maioria dos universitários curitibanos precisamente 76% dirige depois de beber. A constatação foi feita pela psicóloga Marina de Cuffa durante a pesquisa para sua dissertação de mestrado em Psicologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), que investigou o comportamento de estudantes do ensino superior em relação à combinação de bebida e direção.
"O principal motivo de os estudantes beberem antes de dirigir é a influência dos amigos, pois são eles que decidem quem vai assumir o volante", explica Marina. A pesquisa também revela que os homens são os que mais têm esse comportamento de risco, pois acham que é menos provável que aconteça algum acidente depois de beber. De acordo com Marina, eles não se importam tanto com a punição, pois acham difícil serem parados em alguma blitz.
Outro dado preocupante é que os universitários curitibanos bebem sete doses de bebida alcoólica em uma mesma ocasião, o que está acima da média considerada aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de quatro doses para mulheres e cinco para homens.
Fatores
Entre os principais fatores que levam os jovens a exagerarem na bebida estão o início do consumo de álcool muito cedo por volta dos 12 anos , a visão de que a bebida simboliza a entrada na vida adulta e a influência de propagandas que criam uma imagem da bebida como algo positivo e necessário. "Outra pesquisa que realizamos no Departamento de Psicologia mostrou que os estudantes também acreditam que a bebida alcoólica facilita a conversa com pessoas do sexo oposto e faz com que se sintam relaxados, descontraídos e incluídos no grupo", diz a pesquisadora.
A pesquisa ouviu 386 alunos dos cursos de Medicina, Psicologia, Administração, Informática, Engenharia Mecânica, Ciências Contábeis, História e Engenharia Civil de várias universidades de Curitiba. O trabalho, que será defendido no final deste mês, faz parte da linha de pesquisa Psicologia do Trânsito: Avaliação e Prevenção e teve a professora Alessandra Bianchi como orientadora.
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