Deborah Kemmer ressalva que ações da sociedade civil não são suficientes| Foto: Divulgação / Cesumar

O lixo gerado pelo descarte de computadores e outros equipamentos eletrônicos obsoletos é hoje um dos principais problemas relacionados à poluição. Para avaliar o que já é feito para minimizar esse impacto ambiental, a artista plástica Deborah Kemmer foi a campo conhecer iniciativas que reutilizam as máquinas rejeitadas por grande parte da população.

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Uma projeção feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que 100 milhões de computadores estão em uso neste ano no Brasil – uma máquina para cada dois habitantes. Conforme a pesquisa de Deborah, que também é coordenadora do curso de Artes Visuais do Centro Universitário de Maringá (Cesumar), nem um terço do que é fabricado pela indústria de informática é reaproveitado.

Diante de quatro iniciativas, ela acompanhou o envolvimento da sociedade civil, da universidade, da indústria e do setor empresarial no processo de reuso do lixo eletrônico. O estudo deu origem à dissertação que Deborah defendeu neste mês no mestrado em Design, Arte e Tecnologia da Universidade Anhembi-Morumbi, de São Paulo.

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Entre as iniciativas acompanhadas pela artista está o Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática (Cedir), da Universidade de São Paulo, que remonta computadores antigos e emprestados a entidades sociais. Outro caso é o MetaReciclagem, um grupo de pessoas de todo o país que troca ideias pela internet com o intuito de reaproveitar computadores.

"Concluí que as soluções encontradas pela sociedade civil são muito bem-vindas, mas não resolvem o problema. Precisamos de uma mudança por parte da indústria. Hoje, a produção [de computadores] tem que ser 100% reciclável, sem gerar lixo", afirma. "O Design não é só estética. Tem que ser inventivo e transformador, estudar materiais e projetos para contribuir com esse tipo de produção", completa.

>>>Veja documentário sobre lixo eletrônico produzido por Deborah Kemmer.

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