Equipe brasileira coleta água para controlar a poluição na Antártida| Foto: Arquivo pessoal
Andreza Portella Ribeiro viajou partiu do Rio de Janeiro em 7 de janeiro e ficará na Antártida até fevereiro
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Os mais aventureiros po dem ficar com água na boca. A ponta-grossense Andreza Portella Ribeiro, 35 anos, é uma das pesquisadoras participantes da segunda fase da 30.ª Operação Antártica (Operantar) do Programa Antártico Brasileiro (Proantar). Durante um mês ela fará parte da equipe responsável por coletar amostras de água, sedimentos e organismos marinhos na Antártida para monitorar e controlar o impacto ambiental da base brasileira na região, a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF).

O grupo partiu do Rio de Janeiro em 7 de janeiro e deve ficar no Polo Sul até 15 de fevereiro. "Durante esse tempo, farei pelo menos cinco dias de coleta intercalados com atividades nos laboratórios da EACF, onde as amostras serão tratadas e preparadas para a viagem até os laboratórios no Brasil. Essa é a minha primeira viagem à Antártida e não há palavras que possam descrever o que é estar aqui", conta Andreza, a uma sensação térmica de 16°C negativos, em entrevista por e-mail.

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Oportunidade

A oportunidade de fazer a pesquisa surgiu como resultado de alguns anos de trabalho. Formada em Química pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e doutora em Geoquímica Ambiental, Andreza monitora o impacto gerado por atividades humanas na costa brasileira desde 2000. Agora, seu estudo está vinculado ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Antártico de Pesquisas Ambientais (INCT-APA), do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT).

Para quem sonha com aventuras como essa, Andreza dá alguns conselhos. "É necessário ‘suar a camisa’. Dorme-se pouco, trabalha-se muito. É preciso exercitar a paciência e o otimismo, pois normalmente a realização de um sonho é um investimento a longo prazo."