Instituições privadas

Na PUCPR, meta é não perder talentos

Entre as universidades privadas, a bolsa para o pesquisador pode vir depois de analisados critérios como situação financeira do aluno, desempenho e mérito do projeto. Na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) a norma é "não perder talento", de acordo com Valdemiro Gremski, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação. "se percebemos um aluno com bom desempenho interessado na seleção e há o mesmo curso em universidade pública, damos a bolsa para não perder o aluno e ele estuda sem pagar mensalidade", afirma.

Para Gremski, ainda é preciso melhorar o incentivo à pesquisa no Paraná. Ele afirma que o orçamento da Fundação Araucária é muito pequeno e que instituições de ensino que não são públicas têm dificuldade em conseguir bolsas pela Capes. A última vez que a instituição recebeu uma bolsa foi em 2007. "o Paraná tem de investir mais em bolsas de pós-graduação. Nossas universidades começaram o investimento em pós-graduação tardiamente, ainda temos de caminhar bastante", afirma.

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Além de solicitar bolsas de estudo na própria universidade, quem quer seguir o caminho da pesquisa científica pode concorrer a bolsas de pós-graduação em agências como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Atualmente, o valor da bolsa é de R$ 1,2 mil para mestrado e R$ 1,8 mil para doutorado, podendo ser incluídos valores com despesas relacionadas ao projeto.

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Para 2012, a Universidade Federal do Paraná (UFPR), por exemplo, oferecerá 42 cursos de doutorado e 66 de mestrado. Capes e Reuni (programa criado pelo governo federal para ampliar o acesso e a permanência na educação superior) concentram 2.108 bolsas na Federal. "Esta é uma época particular, pois com o projeto Reuni dobramos o número de bolsas", conta Edilson Sérgio Silveira, coordenador-geral dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu da UFPR.

Foi pelo Reuni que a economista Ariane de Oliveira Saraiva, 26 anos, conseguiu uma bolsa da Capes para o mestrado em Ciência Política na UFPR. "As bolsas são distribuídas pela classificação. Eu tive sorte, pois no ano passado havia um bom número de bolsas no nosso departamento. Todos que pediram ganharam. Recebi a bolsa no ano passado e este ano pude renovar, pois tive um bom desempenho", conta.

Bolsa conquistada, trabalho dobrado. Segundo Ariane, este é o momento em que mais se deve mostrar trabalho. "Temos de manter o conceito elevado e procurar produzir dentro do mestrado, nos envolvendo em atividades acadêmicas", conta. Além de mostrar os avanços na pesquisa em cada encontro com o orientador, a estudante tem reuniões mensais no Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais e entrou para a editoração da revista eletrônica do programa.