Investigações da Polícia Federal concluíram que 152 candidatos tiveram acesso antecipado às respostas de três exames da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de 2009. Durante a apuração, foi descoberto ainda que 1.076 pessoas copiaram as respostas uns dos outros durante a aplicação do exame.
De acordo com a PF, 19 candidatos fraudaram o exame 2009/1, aplicado no dia 17 de maio; 76 fraudaram o exame 2009/2, aplicado em 13 de setembro de 2009; e 57 candidatos fraudaram o exame 2009/3, aplicado em 17 de janeiro de 2010.
O desvio das provas foi provocado por uma organização criminosa que teria sido responsável ainda por fraudes nos concursos de agente de PF de 2004, de delegado de PF de 2004, de agente e escrivão de PF em 2001, de auditor-fiscal da Receita Federal de 1994, de agente e oficial de inteligência da Abin de 2008 e de analista e técnico administrativo da Anac de 2009.
Durante toda a Operação Tormenta, que investigou as fraudes, foram expedidos 33 mandados de busca e apreensão, 25 mandados de prisão temporária e 44 mandados de prisão preventiva. Segundo a PF, até o momento, foram indiciadas 282 pessoas, além de 62 servidores afastados ou impedidos de tomar posse e do confisco de bens de 18 pessoas.
Segundo a polícia, os criminosos estão respondendo por vários crimes, como formação de quadrilha, estelionato qualificado, receptação, corrupção ativa e passiva, dentre outros.
Dentre as pessoas que "colaram" nos exames da Ordem, a PF aponta que 190 casos ocorreram no exame 2009/1, 527 no exame 2009/2 e 359 no exame 2009/3. Tais candidatos não tinham ligação com a organização criminosa, mas foram apontados pelos peritos como fraudadores.
Em 2010, uma suspeita de vazamento do gabarito fez com que a OAB anulasse a segunda fase do exame nacional. A tentativa de fraude ocorreu em Osasco (na Grande São Paulo), onde um candidato foi flagrado com as respostas de cinco questões da prova, antes mesmo da distribuição dos formulários do exame.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano