Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Oportunidade

Prêmios reconhecem boas ideias de estudantes

Ellen Sottoriva confiou em seu projeto e ganhou menção honrosa em concurso nacional de Engenharia | Antônio More / Gazeta do Povo
Ellen Sottoriva confiou em seu projeto e ganhou menção honrosa em concurso nacional de Engenharia (Foto: Antônio More / Gazeta do Povo)
Depois de quatro anos, Felipe Costacurta, Sérgio Almeida e Felipe Aranega começam a tirar projeto de triciclo do papel |

1 de 1

Depois de quatro anos, Felipe Costacurta, Sérgio Almeida e Felipe Aranega começam a tirar projeto de triciclo do papel

Boas ideias trabalhadas com persistência e cuidado merecem recompensa. Isso é o que procuram fazer os vários prêmios universitários promovidos no Brasil e mundo afora para valorizar a produção acadêmica. Eles geralmente são organizados por empresas privadas ou fundações e quem consegue uma vitória nesses concursos ganha pontos no currículo, uma considerável exposição do trabalho feito, cursos no exterior e, em alguns casos, até dinheiro.

A maior parte das iniciativas exige a inscrição de um projeto ou artigo acadêmico voltado a um tema específico que será avaliado por uma banca de especialistas. Outra variação são os chamados "desafios" – competições mais longas em que não basta entregar um trabalho; a própria execução do projeto é acompanhada.

Uma das premiações mais concorridas no Brasil, com cerca de 6 mil inscritos em 2011, o Prêmio Santader Universidades é um exemplo de oportunidade para estudantes de todos os cursos superiores. Na categoria voltada a alunos de graduação e pós-­graduação, a última edição premiou cada um dos quatro estudantes vencedores com R$ 50 mil para serem aplicados em seus projetos.

"Temos cerca de R$ 2 bilhões investidos no apoio a universidades e universitários em todo o mundo", diz Afrânio Pereira, superintendente do Santander Universidades. Ele conta que a proximidade com o ensino superior é uma política institucional dentro do banco e dirigida pelo próprio presidente da companhia, na Espanha.

Persistência

O receio de que um trabalho não esteja à altura de uma competição é um dos maiores entraves para que o universitário inscreva seu projeto. A estudante Ellen Mayara Sottoriva, do curso de Engenharia Ambiental da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), passou por essa angústia, mas depositava tanta confiança na relevância de seu projeto – um manual de reflorestamento de áreas rurais – que se inscreveu no Prêmio Brasil de Engenharia, uma disputa nacional que envolve graduandos, profissionais, mestres e doutores.

No início deste ano, Ellen e seu orientador, Harry Bollmann, foram surpreendidos com uma menção honrosa dos organizadores, título concedido a apenas mais um projeto além do dela e o único recebido por uma estudante da graduação. "Às vezes a gente acaba menosprezando o nosso trabalho, mas o primeiro passo para vencer é sempre tentar", diz.

Participação sem vitória também é recompensada profissionalmente

Mesmo quem não vence um concurso pode levar para a vida toda a experiência da disputa. O engenheiro de software Luís Guilherme Pereira, ex­-aluno da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), participou várias vezes da Maratona de Programação, aberta anualmente a estudantes de todas as universidades. A competição organizada no Brasil leva os vencedores a fases continentais e mundiais da disputa.

De 2002 a 2006, Pereira só ficou um ano sem participar e conquistou sua melhor colocação em 2005, quando ficou em sétimo lugar. "Eu aprendi muito. Era preciso resolver problemas e tomar decisões num tempo muito curto e, ao mesmo tempo, ter certeza de que o programa era eficiente", conta. Segundo ele, a experiência foi essencial para ser contratado pelo Google, onde trabalha hoje.

Retorno

O designer Felipe Aranega, ex­-aluno do curso de Desenho Industrial da PUCPR, é outro que colhe frutos de sua participação num torneio acadêmico, mesmo quatro anos após a formatura. Em 2009, ele e os colegas Felipe Costacurta e Sérgio Almeida inscreveram o trabalho de conclusão de curso no iF Concept Award, um dos prêmios de Design mais valorizados na Europa. O projeto – um triciclo elétrico que não emite gases poluentes – foi um dos 100 trabalhos premiados entre 3,2 mil competidores de 39 países.

Na época da conquista, a repercussão foi grande, com ampla exposição na mídia. Desde então, o projeto não saiu de suas vidas. "Surgiram investidores interessados e neste ano estamos começando a desenvolver o protótipo para tirar a ideia do papel", conta Aranega.

Você conhece outros prêmios universitários? Mande as informações sobre eles para: universidade@gazetadopovo.com.br

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.