A Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (Apufpr) fará reunião nesta quinta-feira (11) para decidir se apresentam indicativo de greve. No encontro, os docentes discutirão a proposta do Ministério do Planejamento (MP) sobre o aumento salarial da categoria, apresentada em encontro realizado em Brasília, nesta terça-feira (9) com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).
No debate realizado na capital federal, o Ministério do Planejamento sugeriu mudanças na folha de pagamento dos professores. O vencimento mensal dos docentes possui atualmente, além do salário base, duas gratificações. A proposta do órgão federal é incorporar uma das bonificações ao salário.
Segundo nota do Andes, o secretário de Recursos Humanos do MP disse que outras propostas apresentadas pelos professores, como as que buscam a reestruturação da carreira docente, podem voltar a ser discutidas futuramente.
O presidente da Apufpr, Luis Allan Künzle, disse que a proposta do Ministério foi tímida. "Na prática, essa incorporação de uma gratificação ao salário altera pouco a folha de pagamento dos professores". Künzle explica que apenas para professores que exercem a profissão pelo menos desde 1998 terão algum retorno, por causa do aumento anual de 1% nos salário base que essa parcela de docentes tem. "Essa ampliação não abrange a totalidade dos professores e mesmo para quem receber será uma diferença pequena", completa.
Segundo o presidente da Apufpr, "dificilmente a proposta será aceita na reunião desta quinta-feira". Se os pontos forem rejeitados, a Associação dos Professores apresentará, no sábado (13), em reunião em Brasília com o Andes, a proposta de indicativo de greve da categoria. O encontro de quinta-feira será coordenado com outros sindicatos locais associados à entidade nacional, que também debaterão sobre a sugestão do Ministério.
A UFPR já enfrenta, desde junho de 2011, a paralização de diversas atividades em decorrência da greve nacional dos servidores técnico-administrativos. As aulas foram adiadas por duas vezes pela instituição.