Nessa quinta-feira (4), a Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR), os funcionários da instituição e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) realizarão assembléias para discutir o movimento nacional de greve nas instituições federais de ensino superior. Segundo a assessoria de comunicação da UFPR, dependendo do resultado desses encontros, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão pode se reunir na próxima sexta-feira (5) para debater o futuro do ano letivo.
Na tarde desta quarta-feira (3), o Conselho Universitário da UFPR (Coun) decidiu por votação o apoio à greve nacional dos servidores técnico-administrativos das universidades federais, que teve início no dia 15 de junho. Segundo a assessoria de imprensa da Federal, o reitor Zaki Akel Sobrinho também manifestou apoio ao movimento durante a reunião, e se colocou à disposição para a resolução dos debates da categoria com o governo federal. O reitor ainda se disse aberto às reivindicações locais do movimento.
Os funcionários da UFPR se reúnem para discutir a continuidade da greve e as reivindicações dos servidores às 10 horas desta quinta-feira, no Restaurante Universitário da UFPR.
Na parte da tarde, às 16h30, a APUFPR fará reunião, no Centro Politécnico da UFPR, para decidir sobre a construção de uma proposta de construção de greve nacional da categoria docente. O encontro é coordenado com todos os sindicatos de docentes no Brasil filiados à Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior (Andes-SN). De acordo com a assessoria de imprensa da APUFPR, se confirmada a proposta, ainda não será deflagrada a greve.
Os estudantes também pretendem realizar uma assembleia, prevista para as 19 horas, no Restaurante Universitário da UFPR. Segundo o Diretório Central dos Estudantes (DCE), o objetivo da reunião é discutir uma proposta de paralisação dos estudantes, além de manifestos de apoio ao movimento dos servidores e à decisão da assembleia dos professores.
Prejudicados
Estudante do quarto ano de Odontologia na UFPR, Cintia Paula Costa, 27 anos, diz que alunos e pacientes estão sendo prejudicados pela paralisação e falta de definição sobre o futuro do movimento. "Os estudantes dos últimos anos do curso estão indo para a faculdade para conversar com os pacientes que foram marcados antes da greve, com o objetivo de avisá-los de que eles não poderão ser atendidos", afirma. "Sem a nossa matrícula, não temos o seguro para os pacientes e não podemos fazer intervenções. Se acontece algo com o paciente, temos esse seguro e a faculdade nos protege".
A estudante conta que pretende fazer um intercâmbio no final do ano e que a prorrogação da greve pode prejudicá-la. "Era a primeira vez que eu faria intercâmbio e já está tudo pago. Supondo que a greve acabe no final de agosto, o período de aulas teria de ser estendido e eu precisaria cancelar a viagem", afirma. Segundo ela, a paralisação também pode prejudicar estudantes que passaram em concursos públicos e precisam concluir a graduação para assumir o cargo.
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