O governo federal propôs, aos professores das universidades federais em greve, tornar a carreira dos servidores do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação como base para a remuneração dos docentes. A proposta foi apresentada pelo secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, em reunião nesta quarta-feira (13) com as entidades sindicais que representam a categoria. Os sindicalistas rejeitaram a oferta.
O Ministério da Educação (MEC) não divulgou qual seria o aumento que os professores teriam com essa mudança na carreira. A proposta foi oferecida em troca de uma trégua na greve, que já dura um mês em 55 instituições paradas, para que a proposta possa ser discutida com a representação sindical.
Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a categoria não aceitou fazer uma pausa na greve. Em nota, a entidade afirma que a reunião foi "vitoriosa", pois o governo mudou sua posição e recebeu para negociação uma categoria em greve, além de antecipar para o dia 19 o prazo para finalizar as negociações. Esse limite era 31 de agosto.
Porém, a proposta do governo, de que eles parassem a greve em troca da cópia a carreira, foi rechaçada pelas entidades presentes. Elas reclamaram que a proposta não foi detalhada, apontando se o piso e o teto das remunerações será o mesmo para os docentes. "Essa proposta visa a atender as demandas colocadas pela categoria. A proposta valoriza a carreira para novos docentes e vai reconhecer a qualificação e dedicação dos professores que já estão nas instituições", afirmou o MEC em nota, que também declara que os professores já receberam um aumento de 4% retroativo ao mês de março e a incorporação das gratificações.
Na reunião ainda foi informado que o Ministério do Planejamento fará a liberação das vagas previstas em projeto de lei aprovado pelo Congresso a partir do segundo semestre. Essas novas contratações devem preencher as vagas abertas com a expansão dos campi e a criação dos novos cursos do Programa de Apoio a Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).
"O governo federal espera contar com o compromisso e a compreensão dos docentes em greve e assegura que dará continuidade ao processo de modernização e expansão das universidades e dos institutos federais, contribuindo, dessa forma, para o desenvolvimento social e para a inclusão de mais brasileiros no ensino superior", afirmou o MEC, em nota.
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