Bacharelado em Secretariado Executivo vai deixar de existir

Na última quinta-feira (9), as turmas do bacharelado em Secretariado Executivo foram surpreendidas com a notícia de que a partir do próximo vestibular a modalidade não será mais ofertada. Segundo a instituição, o TECPUC, segmento da PUC que oferta cursos técnicos, continuará oferecendo o técnico em Secretariado, que tem duração de três semestres e 900 horas-aula, metade da carga horária do bacharelado.

A instituição informou que as turmas existentes continuarão com as aulas normalmente até concluam o curso e que a decisão está alinhada à movimentação do mercado. "Hoje temos procura e não podemos dizer que são poucos os alunos que procuram o bacharelado, mas temos de olhar a tendência para o futuro. Percebemos que ao longo do tempo a profissão tem assumido uma condição mais técnica que de bacharelado. Esse processo não é novidade, já aconteceu a extinção de cursos no passado", afirma o vice-reitor da PUCPR.

A estudante do bacharelado Ana Carolina Oliveira, 33 anos, lamenta a notícia e diz que os alunos estão se mobilizando contra o fechamento do curso. "Não entendemos essa decisão. Sabemos que isso não vai significar o fim do curso, mas amanhã vamos carregar no currículo a formação em um curso que foi extinto. É uma pena", diz a estudante, que está no 6º período.

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A partir deste ano, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) não abrirá mais vagas no vestibular para os cursos do câmpus de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Os cerca de 2 mil alunos que estudam atualmente na unidade devem continuar com as aulas normalmente até concluírem os cursos. Todas as vagas ofertadas a partir do próximo vestibular migrarão para o câmpus de Curitiba.

A PUCPR justifica a decisão dizendo que quer "potencializar a vivência acadêmica dos alunos, que poderão cursar disciplinas eletivas de outros cursos a partir de 2013". A universidade ainda avalia o que fará na sede metropolitana. "Não vamos abandonar o câmpus, pelo contrário, estamos conversando com a comunidade e com o poder público para avaliar como podemos atender da melhor forma a região", conta o vice-reitor da PUCPR, Paulo Mussi.

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Mussi explica que os alunos que decidirem permanecer estudando em São José dos Pinhais poderão contar com a mesma estrutura e número de funcionários. O Hospital Veterinário deve permanecer no local até que outro seja construído em Curitiba, o que deve acontecer até 2014. Aos alunos da região metropolitana que ficarem com dependência em alguma disciplina será ofertada uma sala especial para que refaçam o conteúdo no próprio câmpus.

Segundo a estudante Valéria Levisky, 40 anos, aluna do 2º período de Direito em São José, alunos e professores estão preocupados, pois não tiveram da universidade um posicionamento claro sobre as mudanças. "Ouvimos muitos boatos, alguns claramente absurdos, mas falta a universidade nos dar garantias da qualidade do ensino que será ofertado em São José e do não fechamento do câmpus", diz.

A PUCPR informou que inicialmente comunicou os estudantes por meio dos coordenadores de curso, que visitaram sala a sala, e que prepara uma comunicação escrita e formal para tranquilizar os interessados. "Esse reposicionamento não deve trazer preocupações, pois acontece para fortalecer a instituição e com isso os estudantes são fortalecidos também. Entendemos que é difícil separar o lado emocional do racional, mas a universidade está caminhando para a posição de excelência que sempre almejou", diz Mussi.