Desde que a greve dos servidores técnico-administrativos das universidades federais começou, em 20 de março, vários serviços foram afetados em diferentes setores. Parte deles continua com funcionamento alterado ou sem atendimento na UFPR, UTFPR, Instituto Federal do Paraná (IFPR) e Unila.
A exceção é o Hospital de Clínicas da UFPR, que, por decisão judicial, retomou integralmente as atividades na última semana. Estima-se que boa parte dos 5 mil servidores paranaenses esteja participando de alguma forma do movimento de greve, que segue pauta nacional e atinge universidades federais de vários estados.
Para amanhã e quarta-feira, entidades sindicais planejaram uma marcha seguida de acampamento na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, liderada pela Fasubra Sindical (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil).
Servidores técnicos do Paraná também participarão da mobilização, segundo Márcio Palmares, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público do Paraná (Sinditest-PR). "Esperamos que o ato acabe com a posição intransigente do governo federal, que tem fechado os olhos para os trabalhadores da saúde e da educação. Pedimos a abertura imediata de negociação real e, até lá, a greve segue", diz Palmares.
Já os professores das universidades federais do Paraná decidiram não entrar em greve nas duas assembleias marcadas recentemente para discutir o tema.
Moção de apoio
A UFPR publicou na página da Secretaria dos Órgãos Colegiados (ufpr.br/soc) uma moção de apoio ao movimento grevista dos servidores técnico-administrativos e à pauta de reivindicações da greve, reforçando junto aos ministérios da Educação e do Planejamento a necessidade da abertura de uma negociação efetiva. A publicação também dá a garantia de que os trabalhadores grevistas não deverão "sofrer quaisquer formas de retaliação em vista do exercício legítimo desse direito".