Uma fatalidade ocorrida há dez dias levantou questionamentos quanto à necessidade de haver ambulatórios em câmpus universitários. Depois de uma queda seguida de engasgamento, uma aluna do curso de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR) faleceu. Assim como em outras instituições de ensino superior, o câmpus Santos Andrade da UFPR possui cobertura de uma empresa especializada em emergências médicas que vai ao local quando chamada. Deslocamento que pode ser determinante quando uma vida está em jogo.
"O tempo de atendimento para qualquer ocorrência é fundamental e pode significar ter sequelas, não ter sequelas ou ir a óbito", diz o médico Fabrício Hito, diretor do Hospital Vitória. Na opinião de Hito, em locais de grande concentração de pessoas, como universidades, ter um posto fixo de atendimento, com profissionais treinados para prestar cuidados préhospitalares, é mais prudente do que depender apenas dos veículos de emergências médicas.
Atendimento
A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) opta por uma estrutura reforçada para atender aos alunos, professores e funcionários. O ambulatório funciona durante os três turnos e conta com uma equipe que envolve médico, técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem e dois dentistas. "Já aconteceu de pessoas passarem mal na rua, falarem com o segurança e a gente que atendeu", conta a técnica em enfermagem Ana Lucia Pech.
No câmpus Barigui da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) é a equipe do Departamento de Segurança do Trabalho que faz os atendimentos emergenciais em horário comercial. "Quando me chamam, a primeira coisa que faço é pedir para o segurança chamar a ambulância. Assim, enquanto presto o primeiro atendimento, a equipe médica já está a caminho", diz a enfermeira Nilza Lourencia.