Troca de conhecimento
Não é a primeira vez que o Pré-Assentamento Emiliano Zapata participa de atividades universitárias na UEPG. O grupo é frequentemente envolvido em pesquisas acadêmicas e projetos de extensão de diferentes cursos. Para os participantes, a parceria propicia uma troca de informações essencial. Célio Rodrigues, integrante do assentamento, defende que os projetos são uma forma de democratizar o conhecimento. "Esses convênios têm nos proporcionado acesso a novas tecnologias e ideias", diz. A professora Hebe Gonçalves reforça a necessidade de aplicar o conhecimento produzido na instituição. "A universidade precisa chegar à sociedade e prestar um serviço principalmente à parcela [da população] que está na margem", afirma. (GB)
Ponta Grossa Alunos, professores e funcionários do Departamento de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) não precisam mais ir à feira ou ao mercado para comprar verduras e legumes. Desde março, os produtos fresquinhos vão até eles, direto no câmpus. Essa é a proposta de uma rede solidária que tem o objetivo de garantir renda fixa a famílias do Pré-Assentamento Emiliano Zapata, responsáveis por uma produção variada e agroecológica.
Antes, os produtores costumavam ter apenas compradores eventuais para o que produziam. "A ideia é criar um compromisso de consumo permanente, como um incentivo à agricultura familiar e garantia de renda para a comunidade", explica a professora de Jornalismo e coordenadora do projeto, Hebe Gonçalves. A iniciativa conta também com o apoio da Incubadora de Empreendimentos Solidários (Iesol) da UEPG.
Com a rede, interessados em receber os alimentos associam-se ao grupo e contribuem com R$ 50 mensais. Uma vez por semana, os produtores levam queijos, grãos, legumes e verduras a três locais diferentes: ao câmpus central da UEPG, à sede do Sindicato dos Docentes e à sede da Iesol.
Encomenda on-line
Tudo funciona pela internet. Os organizadores enviam um e-mail com a lista e o preço de uma dúzia de produtos disponíveis para a semana e o associado escolhe como quer compor sua cesta, somando valor de até R$ 12,50, e indica onde buscará a encomenda. Como a ideia é prezar pelo consumo ecológico, os produtores não disponibilizam sacolas plásticas.
A rede conta com a participação de dez produtores do Emiliano Zapata. Entre eles, está Célio Rodrigues. "São produtos que duram mais e têm mais nutrientes. Não há resíduos tóxicos nem hormônios", faz a sua propaganda. Outro diferencial destacado por Adriano Valadão, representante da Iesol na rede, é o preço dos alimentos. "Os produtos são mais baratos, se comparados com os orgânicos vendidos em supermercados", avalia. Geralmente, cada porção fica entre R$ 1,50 e R$ 3,50.
Além da clientela garantida, a parceria garante aos produtores envolvidos mais informações técnicas. "Proporcionamos uma formação ligada à economia solidária e também buscamos equipamentos e insumos para a agricultura agroecológica", conta Valadão.
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