Aproximadamente 70 pessoas fizeram um ato na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, contra um manual - redigido por um grupo de estudantes - que causou repercussão nacional pelo teor supostamente ofensivo com que se dirige às mulheres. A manifestação foi promovida pelo Grupo de Gênero da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
O documento, que em tom irônico defende a obrigação de calouras de manterem relações sexuais com os veteranos, foi redigido e publicado pelo Partido Democrático Universitário (PDU), grupo político que comandou o centro acadêmico de Direito até 2011. Até o momento, a universidade não abriu sindicância para apurar os atos.
"Não se trata de um protesto. Queremos levantar o debate sobre o machismo", afirmou Mariana Auler, aluna do curso de Direito e uma das organizadoras do ato.
Após o ato na praça, uma caminhada foi feita até a Reitoria da UFPR. Uma mesa-redonda sobre o machismo está marcada para esta noite, às 19 horas, no Prédio Histórico da UFPR.
PDU considera repercussão do manual exagerada
A vice-presidente do Partido Democrático Universitário (PDU) e aluna de Direito, Marcella Lima, considerou que a repercussão sobre o conteúdo do manual é exagerada. Segundo ela, o manual é uma brincadeira e em nenhum momento o estupro ou qualquer outro crime foi incentivado. "Essa repercussão é um exagero. Pedimos desculpas para quem se sentiu ofendido com a brincadeira", afirmou Marcella.
Segundo ela, o PDU não planeja fazer nenhum tipo de retratação porque não considera que tenha feito algo errado ou cometido algum crime.
Futuramente - ainda sem data definida o partido pretende organizar um ato na faculdade de Direito para discutir o caso.
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