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O Ministério Público do Paraná (MP) informou nesta terça-feira (24) que está investigando um possível esquema de fraude em diplomas que poderia ter sido usado por servidores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) para conseguir promoções. Pelo menos 30 casos foram identificados nos últimos dois anos.

As suspeitas começaram a aparecer a partir do segundo semestre do ano passado, quando a Pró-Reitoria de Recursos Humanos constatou indícios de irregularidades em alguns documentos. Um processo administrativo interno, realizado pela própria universidade, foi aberto e corre em sigilo. "O processo deverá apurar se os servidores causaram algum dolo à instituição", afirmou a vice-reitora da UEL, Berenice Quinzani Jordão. As promoções dos servidores sob suspeita foram suspensas e os documentos enviados para o MP.

Caso comprovadas as irregularidades pela comissão da universidade, o estatuto prevê desde a advertência ou suspensão até a demissão. Nenhum dos servidores teve o nome divulgado.

O Ministério Público informou que já fez o pedido de instauração de inquérito contra os servidores. Segundo o promotor de Inquéritos Policiais do MP, Eduardo Diniz Neto, até o momento foram abertos seis procedimentos. Quatro servidores são investigados separadamente por terem apresentados documentos supostamente falsos. Em outro processo, apenas um servidor teria usado dois diplomas falsos para conseguir aumento de salário no ano passado.

Mais grave

O caso mais grave, no entanto, foi de um mesmo diploma usado por diversos funcionários. "Aguardamos o retorno da investigação (da polícia) para cruzar os dados e verificar se houve um esquema de fraude", disse. "Mas não temos a informação precisa porque alguns processos administrativos internos da UEL ainda não foram concluídos."

O mais importante, segundo o promotor, é identificar a autoria dos documentos falsos para saber se houve um esquema por trás da fraude ou se são casos isolados. A 10ª Subdivisão Policial de Londrina classificou os inquéritos como crime de falsidade ideológica ou documental. A pena pode chegar a 6 anos.

Segundo a UEL, até hoje não havia sido registrado nenhum caso de irregularidade apresentada por servidores.

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