Comemorar a conquista do diploma com uma grande festa de formatura é o sonho da maioria dos universitários. Até esse dia, além do estudo, há um longo caminho a ser percorrido para arrecadar dinheiro suficiente para cobrir as despesas com baile, colação e culto ecumênico. Entre as estratégias de economia das comissões de formatura estão festas, rifas, churrascos e outras promoções. A Gazeta do Povo conversou com estudantes e empresas que organizam formaturas para saber as vantagens e desvantagens de cada iniciativa. Confira.

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Rifas dão mais lucro

Festas têm + diversão

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Chácara: sede de eventos

Doces quebram o galho

Rifas dão mais lucro

A grande fonte de renda de comissões de formatura hoje, além da mensalidade, são as rifas. Embora os estudantes reclamem de ter de vendê-las, são elas que dão mais lucro. O ideal é organizar um sorteio por semestre. Os prêmios variam de carros e viagens a cestas de produtos. Atualmente, são os tablets que lideram a preferência. Na hora de montar uma cesta, o recomendado é pensar em datas comemorativas, gastar pouco e caprichar no visual. "Nós adotamos uma tática. Na cesta de Páscoa, por exemplo, enchíamos de bombons. Na das Mães, colocávamos vários cosméticos pequenos, para dar volume. Nunca gastamos mais de R$ 120 e o lucro era de R$ 1 mil", conta Tatielle Euzébio, recém-formada em Jornalismo pela UniBrasil. Diante de tantas opções de rifas, é preciso cuidar com prêmios caros, porque, mesmo que atraentes, requerem um valor maior por bilhete, tornando a venda mais difícil. O ideal é que o valor não ultrapasse R$ 2, mesmo que a quantidade a ser vendida por cada aluno seja maior.

Festas têm + diversão

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Festas são muito boas pela diversão, mas deixam a desejar como lucro para a formatura. Mesmo que o aluno só tenha de vender ingressos, sem investir ou sem se preocupar com a organização, o rendimento é inferior ao das rifas porque a venda é menor. Geralmente, a casa noturna repassa uma quantia exata de ingressos à comissão – média de cinco convites para cada aluno. Do total vendido, é normal que parte do dinheiro fique para a casa e parte aos estudantes. "Não é tão simples quanto parece vender cinco ingressos para amigos. Fizemos uma única vez e o retorno foi baixo, R$ 600", conta a presidente da comissão de formatura do 5º ano de Direito Noturno da PUCPR, Giselle Bueno do Rosário. Para os que insistirem na ideia, o melhor é optar por festas temáticas, como à fantasia, e, de preferência, com variedade musical. "As que mais ‘bombam’ são as que oferecem todo tipo de música, desde pagode e sertanejo até pop e rock", diz Paulo Pinheiro, produtor do Circuito Universitário.

Chácara: sede de eventos

Churrasco e "chopada" não podem faltar na faculdade, principalmente em começo de ano, quando chegam os calouros. Comissão de formatura esperta aproveita o momento para organizar o evento, lucrar com ele e engordar o porquinho. Mas, para dar resultado, não pode ser em qualquer lugar. Hoje, a maioria desses encontros ocorre em chácaras, para caber bastante gente. Cuidado: nem toda festa desse tipo é rentável. Estudantes que integram comissões de formatura alertam que, quando comida e bebida são liberadas, o prejuízo é certo. A média do valor do ingresso é R$ 25 e para ter um lucro mínimo é preciso comprar produtos pelo preço mais baixo possível. "Para uma chácara, o número mínimo de pessoas deve ser de 1,5 mil. Menos que isso não rende", alerta Alessandra Cristina Moraes Gama, responsável pelo Departamento de Festas e Ações da Polyndia, empresa que organiza formaturas.

Doces quebram o galho

Pode parecer ultrapassado, mas vender bombons e doces durante os intervalos na faculdade é uma ótima alternativa para arrecadar dinheiro. Tatielle Euzébio, que participou como tesoureira de uma comissão UniBrasil, conta que a maior parte do valor extra que conseguiram para a formatura veio da venda de bombons. "Comprávamos por R$ 1 e revendíamos a R$ 2,50. Passamos dois anos assim e ajudou muito. Nossa turma só tinha 11 pessoas e isso reduziu o rendimento com mensalidade." Os alunos da comissão de formatura do 4º ano de Medicina Veterinária da Faculdade Evangélica do Paraná optaram por vender pedaços de bolo e sanduíche feito na hora. Chegaram a levar sanduicheira para o campus para que os pães ficassem quentinhos. A venda não durou mais de um semestre, mas conseguiram engordar a conta para a grande festa em R$ 500.

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