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Salas vazias: Maristela e Carlos Eduardo já se acostumaram a ter poucos colegas de turma | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Salas vazias: Maristela e Carlos Eduardo já se acostumaram a ter poucos colegas de turma| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo
  • Veja os dados sobre as taxas de conclusão dos cursos de graduação

De acordo com a estudante Maristela de Salles Silva Almeida, estudante de Mate­mática Industrial na UFPR, outro provável motivo para a pequena taxa de concluintes é o uso da graduação como gangorra para entrar em cursos mais concorridos. Como o Programa de Ocupa­ção de Vagas Remanescentes da Federal (Provar) permite que os estudantes da universidade mudem de um curso para outro, há alunos que prestam vestibular para graduações menos disputadas e depois tentam a transferência.

Segundo a chefe do De­­par­tamento de Educação da Pró-Rei­­­­toria de Graduação e Edu­cação Profissional da Univer­sidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Sonia Ana Leszczynski, há pelo menos três problemas que interferem na taxa de concluintes: incompatibilidade de horário en­­tre a graduação e o trabalho, desmotivação por no­­tas baixas nas primeiras provas e não adaptação à nova rotina, que muitas vezes obriga o aluno a ficar distante da família. As razões foram apontadas por 156 estudantes que estavam prestes a abandonar a UTFPR. O levantamento foi realizado no primeiro semestre deste ano.

O reitor da Universidade Positivo (UP), José Pio Martins, considera que a maioria dos alunos da UP não conclui a graduação no período adequado por problemas financeiros. "A segunda razão é a falta de identificação com curso", diz. Ele cita ainda a facilidade de transferência para outras instituições de ensino. "Aqui em Curitiba há vários cursos de Administração. Às vezes o aluno muda de bairro e se transfere para uma instituição que fica mais perto da sua casa", exemplifica.

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