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Ensino superior

Concorrência é maior entre alunos cotistas

Em 17 cursos da UEM a disputa será maior entre os cotistas no próximo vestibular | Fábio Dias/ Gazeta do Povo
Em 17 cursos da UEM a disputa será maior entre os cotistas no próximo vestibular (Foto: Fábio Dias/ Gazeta do Povo)

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A concorrência entre os candidatos às cotas sociais está aumentando a cada vestibular nas universidades públicas do Paraná, e supera a disputa por vagas normais. No próximo concurso da Universidade Estadual de Maringá (UEM), por exemplo, o Vestibular de Inverno, que será realizado entre os dias 10 e 12 julho, em 17 cursos a disputa é maior entre os cotistas do que entre os estudantes que disputam as vagas universais. O mesmo ocorre na Universidade Estadual de Londrina (UEL), na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e na Universidade Federal do Paraná (UFPR – leia mais nesta página).A UEM oferecerá 1.488 vagas em 63 cursos no Vestibular de Inverno. Deste total, 1.202 vagas são para concorrência geral e 286 para cotistas. O curso noturno de Educação Física é o que tem a maior diferença de concorrência entre as duas modalidades. A disputa é de 27 candidatos por vaga entre cotistas e de 17,9 candidatos por vaga entre não cotistas.

Os outros cursos em que esse fenômeno foi constatado são o noturno de Administração (22,2 candidatos por vaga entre cotistas e 19,5 entre não cotistas), o noturno de Ciências Contábeis (17,2 para cotistas e 13,7 para não cotistas) e Engenharia de Produção (27,5 e 22,7, respectivamente). No Vestibular de Inverno de 2010, a concorrência era maior entre os cotistas em 15 cursos. O curso noturno de Educação Física foi também o destaque no ano passado, com disputa de 30,7 candidatos por vaga entre os cotistas e de 21,1 entre os que disputavam as vagas universais.

O crescimento da concorrência entre cotistas é considerado relevante pelo presidente da Comissão do Vestibular Unificado da UEM, Emerson Arnaut de Toledo. Os cotistas não disputam as vagas apenas para essa modalidade – antes, competem com os candidatos às vagas gerais. "Primeiramente, todos os candidatos inscritos concorrem às vagas para não cotistas. Se o cotista conseguir pontuação suficiente para passar, será aprovado nessa modalidade, para liberar uma vaga de cotista para o candidato que não conseguiu passar", afirma Toledo.

Para o concurso de julho, a UEM registrou o maior número de inscritos e de concorrência. No total 23,8 mil pessoas se candidataram às vagas. A maior concorrência é no curso de Medicina, com 318,1 candidatos por vaga na modalidade de não cotista. A concorrência é de 133,7 entre os cotistas.

O mesmo processo ocorre na UEL, onde até 40% das vagas são destinadas aos estudantes das escolas públicas (20% dessas vagas são reservadas aos estudantes negros). Nos últimos quatro vestibulares, as vagas para cotistas têm sido mais concorridas entre os cursos noturnos e de licenciatura.

Segundo a assessoria de imprensa da UEL, em 2008 o curso de Medicina teve 69 candidatos por vaga para estudantes oriundos de escolas públicas e 64,7 candidatos por vaga universal. Em alguns cursos, como no noturno de Educação Física, a diferença é ainda maior. No bacharelado, neste ano a relação foi de 5,7 candidatos por vaga universal e de 12,5 entre cotistas. Na licenciatura, a relação é de 8,9 candidatos por vaga universal e de 19,1 por vaga com cota.

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Interatividade

O que fazer para manter a chance de candidatos negros e que estudaram em escolas públicas chegarem à universidade, apesar do aumento na concorrência?

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