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Mariana e Nycole intensificaram a rotina de estudos e frequentam mais as salas de estudo do cursinho | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Mariana e Nycole intensificaram a rotina de estudos e frequentam mais as salas de estudo do cursinho| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
  • Thyago e Jaqueline aproveitam as dicas do professor Heliomar

Começa a contagem regressiva para as provas do vestibular. Até o dia 14 de novembro, data da primeira fase da Universidade Federal do Paraná (UFPR), serão oito semanas e em muitas instituições particulares as provas já estão marcadas para o próximo mês. Para muitos, o momento é de aumentar o ritmo de estudo, priorizar conteúdos indispensáveis e organizar uma rotina produtiva.

Nesta hora, os vestibas acabam abrindo mão da vida social para entrar de cabeça nas apostilas. No entanto, é preciso continuar atento à saúde e dominar o estresse para se dar bem nas provas.

As amigas Mariana Cassilha Stival e Nycole Gross da Silva, do Curso Acesso, intensificaram a rotina e passaram a frequentar a sala de assistência do cursinho mais vezes na semana para tirar as últimas dúvidas com os professores. "Pelo menos em dois dias da semana fico no cursinho no período da tarde. Deixei de ir para casa e de tirar o cochilo depois do almoço para ter mais tempo para estudar", conta Mariana, de 17 anos, que tenta vaga em Arquitetura. Já Nycole, 16 anos, que quer cursar Direito, parou de fazer as aulas de dança e de ir à academia e anda com os cadernos por todos os lugares. "Minha família reclama, até quando vou comer levo a apostila. Mas acho que são dois meses em que vale a pena se esforçar um pouco mais", afirma.

Para a psicóloga Maria Elizabeth Haro, coordenadora da Comissão de Educação do Conselho Regional de Psicologia do Paraná, é importante que o aluno se dedique mais para alcançar um bom resultado.

"Nesse finalzinho não custa ficar mais concentrado, mais focado. Para isso o aluno precisa mudar seus hábitos e se comprometer totalmente", afirma. Neste momento, a família tem um papel fundamental: deve estimular a dedicação, mas sem fazer cobranças ou pressões sobre o número de horas de estudo, ajudando o estudante a alcançar o equilíbrio. "É preciso que os pais entendam que têm a função de mediadores. Eles têm de orientar os filhos para que dosem a responsabilidade com os momentos de lazer", sugere a psicóloga Rosa Maria Silva Endo, professora do curso de Psicologia da Universidade Tuiti do Paraná (UTP).

Concentração no cursinho

O papel da família, porém, deve ir até certo ponto. É preciso que o próprio aluno assuma a responsabilidade e priorize os estudos. Para conseguir se concentrar, muitos preferem passar mais tempo no cursinho, pois acreditam que em casa correm o risco de se distrair mais facilmente. É o caso de Thyago Pampuch, 18 anos, que estuda no Dom Bosco e vai tentar pela segunda vez o vestibular para Ciências Biológicas. Ele passa o dia na escola e dobrou a quantidade de exercícios que faz. "Eu me sinto mais confiante com relação ao conteúdo. O nervosismo é inevitável, mas como estou me dedicando me sinto melhor", afirma ele, que diz ainda que no cursinho é possível contar com a ajudar dos professores quando bate aquela dúvida.

Bruno Batista, professor assistente de Matemátia do Curso Decisivo, conta que a procura dos alunos pelas salas de assistência realmente aumenta nessas últimas semanas. "Alguns alunos reclamam que em casa não conseguem se concentrar por causa do barulho. As salas especiais são adequadas para os estudos, com silêncio e ajuda dos professores". Ainda segundo Batista, o ideal é que o aluno busque resolver os exercícios sozinho antes de pedir ajuda para o assistente. Sobre a rotina de estudos, Bruno reforça a necessidade de estudar todos os dias, mas sem exageros.

"Chega uma hora em que a concentração esgota, não adianta ficar o dia inteiro no cursinho. Nesse momento o aluno precisa ir pra casa e descansar", aconselha.

A aluna do Dom BoscoJaqueline Mezencio Resende, de 20 anos, também aposta nas salas de estudos. Nelas, investe na resolução de exercícios e de outras provas de vestibular para ajudar nesta etapa final. "Muitas vezes, quando estou resolvendo uma prova, surgem questões sobre algum assunto que não foi comentado em sala de aula. Eu logo procuro um professor para tirar a dúvida. Assim vou me acostumando ao estilo da prova", comenta. Ela, que tenta o vestibular de Medicina pela terceira vez, também tem sua receita para driblar o nervosismo. "É importante estudar e se dedicar, mas é fundamental descansar e manter a tranquilidade.

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