De olho na pós-graduação

Você sabe quanto tempo depois de ter entrado na faculdade deve começar a pensar nos cursos pós-graduação? Acertou se disse que é logo depois da matrícula. Quem programa a carreira desde o início tem grandes chances de chegar aonde quer mais rápido.

Confira algumas das opções disponíveis para continuar investindo nos estudos depois da formatura

Curso de extensão

Se você não visa à formação profissional ou acadêmica, apenas à busca de mais informações sobre determinada área, o curso de extensão pode resolver o caso. Com carga horária mais enxuta, ele pode ser feito até antes mesmo do fim da graduação. Não requer necessariamente um trabalho de conclusão de curso e tem conteúdos bastante específicos e abreviados.

Especialização

Assim como o MBA (em português Mestrado em Administração de Negócios), mais voltado para as áreas de Administração, Finanças, Gestão Empresarial e Marketing, as especializações são cursos lato senso, oferecidas por instituições de ensino superior credenciadas pelo Ministério da Educação (MEC). São ideais para o estudante que quer se aprofundar, mas está pensando no mercado de trabalho e busca um curso mais rápido. Normalmente há um trabalho escrito a ser apresentado ao final do curso.

Mestrado

Se a ideia é estar apto para desenvolver soluções relacionadas ao mercado de trabalho, o mestrado profissionalizante ou profissional é a opção que leva a um estudo mais aprofundado que o oferecido pela especialização, mas menos teórico que o mestrado tradicional ou acadêmico. Esse último é o mais adequado para quem busca a carreira docente ou quer se tornar um pesquisador. Requer o domínio de outro idioma e a apresentação de uma dissertação. No caso do mestrado profissional, a dissertação é substituída por um projeto, patente ou intervenção dentro de um estudo de caso. A duração varia entre um e dois anos.

Doutorado

É a formação almejada para pesquisadores ou professores universitários, que podem dar aulas para alunos de mestrado. Assim como o mestrado, é um curso stricto sensu, com duração de dois a quatro anos. O doutorando deve defender uma tese, um estudo mais relevante cientificamente que deve trazer algo inédito para um campo do conhecimento. Há a possibilidade de se fazer o doutorado sem ter passado por um mestrado, se o estudante tiver experiência com pesquisas, mas o caminho comum é o do mestrado seguido do doutorado.

É importante planejar desde cedo

Estar em contato com a iniciação científica e participar de processos de pesquisa faz a diferença para qualquer profissional. É a opinião de especialistas como Edilson Sérgio Silveira, coordenador do programa de pós-graduação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e Paula Cristina Trevilatto, diretora de pesquisas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

Ambos chamam a atenção para a possibilidade de o aluno da graduação participar de produções científicas com pesquisadores da universidade, o que pode render também uma bolsa. A experiência levaria à possibilidade de o estudante passar mais rapidamente pelo mestrado ou até de entrar no doutorado direto. "O aluno ganha experiência para a vida profissional e pode propor soluções que fogem das triviais, pois tem a capacidade de desenvolver soluções inovadoras", diz Edilson.

Segundo Paula, mesmo que o aluno não tenha o sonho de se tornar um pesquisador ou professor, a participação na iniciação científica pode despertar nele esse desejo e contribuir para a sua formação. "O aluno é formado como um cidadão crítico e vai ter mais habilidade de discussão. Além de ter a formação tradicional, com as matérias e conteúdos convencionais, vai aprender a responder a perguntas por meio da pesquisa científica", diz.