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Processo seletivo

Dificuldade de acesso preocupa

Paula Ribeiro Fava tentava se inscrever no Sisu desde domingo, só conseguiu às 15h30 de ontem | Marcelo Elias / Gazeta do Povo
Paula Ribeiro Fava tentava se inscrever no Sisu desde domingo, só conseguiu às 15h30 de ontem (Foto: Marcelo Elias / Gazeta do Povo)

Durante o dia de ontem, as principais mídias sociais refletiam o ânimo de milhares de brasileiros que tentavam se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e não conseguiam. O estudante deve estar inscrito no site do Sisu para ter a possibilidade de ocupar uma das 83 mil vagas em 83 universidades federais do país. No Twitter, mais de 800 mensagens foram registradas em menos de uma hora. Eram reclamações relacionadas à falta de acesso à página do Ministério da Educação (MEC) e da burocracia de conseguir uma senha para dar andamento ao processo. A ferramenta passou a ser chamada pelos internautas de "Sistema Impossível de Ser Utilizado" e "Sistema Inovador de Sofrimento do Universitário".

O dia de ontem foi um sufoco para os estudantes curitibanos Michel Henrique Zung de Andrade, 20 anos, e Rafaele Farias Tomaz, 18 anos. Nenhum deles havia conseguido fazer inscrição no Sisu até o começo da noite de ontem por causa de problemas técnicos no site. A mensagem era sempre a mesma: "Página não encontrada".

Andrade tentou no mínimo 20 vezes, conta ele. Há quatro anos está à espera de uma vaga em Medicina. Passou na Universidade Positivo, mas quer cursar uma federal. "Você precisa abrir o site, colocar o número de inscrição, senha e confirmar. E quando acha que tudo deu certo, não passa mais dessa página", lamenta. Mesmo escolado, porque no ano passado levou um dia inteiro para conseguir a inscrição, tem medo de ficar de fora.

Demora

Lentidão é outro aspecto lembrado por Rafaele. Ela até conseguiu acessar a página às 10h30 de ontem, depois de mais de duas horas na frente do computador. No entanto, quando passou do primeiro passo da inscrição, a página caiu. Ela quer uma vaga em Nutrição, na Universidade Federal do Paraná (UFPR), ou Letras, como segunda opção, na Universidade Tecnológica Fede­­ral do Paraná (UTFPR).

Paula Ribeiro Fava, 18 anos, porém, teve mais sorte. Às 15h30, depois de inúmeras tentativas desde domingo, ela finalmente conseguiu fazer a inscrição para o curso de Biologia pela Universidade Federal Flumi­­nense (UFF) e, como segunda opção, na UFPR. Aliviada, acreditou que não ia conseguir. À meia-noite de domingo, ela até conseguiu acessar a página, mas não teve a opção de colocar o curso.

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