O reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Roberto Salles, classificou nesta quarta-feira (17) os erros da prova do Enem como "fogo amigo" um suposto boicote provocado por setores do PT de São Paulo com o objetivo de derrubar o ministro da Educação, Fernando Haddad, na formação do futuro Ministério de Dilma Rousseff.
"Sou conhecido por minha independência. Foi fogo amigo. Disse isso ao presidente Lula na recente visita do presidente a Moçambique", afirmou o reitor, que fez parte da comitiva presidencial.
O Enem foi debatido nesta quarta, no segundo dia do encontro que reúne reitores de 57 universidades federais, dois Cefets e duas escolas isoladas na Faculdade de Engenharia da UFF.
O reitor da UFF considera improvável que um erro em prova aplicada para 3,4 milhões de estudantes seja obra do acaso. Roberto Salles afirmou ainda que vai defender a ida dos reitores a Brasília, para um encontro com a presidente eleita Dilma Rousseff, para apoiar a permanência do ministro.
"Eu me sinto muito à vontade para falar do assunto, porque sempre fui contra o Enem, mas agora estou vendo que Haddad está sofrendo fogo amigo", destacou Salles.
Outro tema da pauta do encontro, promovido pela Associação Nacional de Instituições do Ensino Superior (Andifes), é a luta por aumento do orçamento e de pessoal das universidades federais.
Salles alega que, desde 2003, essas instituições aumentaram de 560 mil para 1,2 milhão o número de alunos matriculados, sem que ocorresse, como prometido, a contratação de mais dez mil servidores, além do incremento orçamentário.
O reitor disse que a evolução do número de alunos se deve principalmente aos jovens procedentes de escolas públicas, mostrando que as universidades contribuíram para o processo de inclusão social, mas agora precisam que o governo federal faça também sua parte.
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