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Provas foram aplicadas no sábado e no domingo e tiveram 180 questões, além de uma proposta de Redação | Felipe Rosa/ Gazeta do Povo
Provas foram aplicadas no sábado e no domingo e tiveram 180 questões, além de uma proposta de Redação| Foto: Felipe Rosa/ Gazeta do Povo

Análises

Confira os comentários de professores de Curitiba sobre as provas do Enem

Química

"Em algumas questões foi possível estabelecer conexões entre as três disciplinas fundamentais das Ciências da Natureza e até mesmo com conceitos da Geografia, pois, para uma melhor interpretação dos assuntos cobrados, era necessário que o aluno conseguisse fazer uma relação entre conceitos de Química, Física e Biologia. Como exemplo, podemos citar as questões sobre desmatamento da Mata Atlântica."

Antônio Marangon, professor do Bom Jesus

Física

"O que se pôde perceber foi uma feliz combinação entre questões que exploraram aplicação de conceitos físicos no cotidiano, leitura e entendimento de manuais de instrução de aparelhos, uso de equações, interpretação de textos e gráficos, compreensão e comparação de fenômenos naturais, raciocínio lógico dedutivo ou indutivo e identificação de grandezas físicas."

Euler de Freitas, professor do Positivo

Redação

"A proposta de Redação trouxe no próprio enunciado os elementos que nortearão a correção e, com um tema abrangente, permitiu aos candidatos várias possibilidades de elaboração. Por exemplo, a ideia de como a vulgarização da exibição do corpo ou a exposição de comentários agressivos pode levar o usuário da rede a sofrer as mesmas consequências sociais às quais está exposto no mundo real."

Cleuza Cecato, professora do Bom Jesus

Espanhol

"Três dos cinco textos da prova de Espanhol fazem referência à América Hispânica (Peru, Argentina e México),e colocam em evidência o interesse do governo brasileiro nessa região. Causa um pouco de estranheza a concentração nos meios de comunicação da Espanha, já que a maioria dos textos foi retirada de jornais ou blogs desse país. Algumas perguntas mostram a resposta no próprio enunciado."

Marcela Narvaéz, professora do Bom Jesus

História

"A qualidade do exame mostra que vale a pena investir nesse modelo de avaliação, ainda que tenham ocorrido problemas logísticos nos anos anteriores. Quanto ao tempo de realização, ele é adequado para alunos preparados; o cansaço de alguns reflete uma escola que não prepara o aluno para pensar. Aposto no sucesso desse modelo e espero que a UFPR adote o Enem como primeira fase do vestibular."

Daniel Medeiros, professor do Curso Positivo

Mesmo depois da maratona de dois dias de provas do Exame Nacional do Ensino Médio 2011 (Enem), aplicado nesse fim de semana, o nervosismo ainda domina muitos dos estudantes que aguardam ansiosos pela divulgação dos resultados, no dia 4 de janeiro do ano que vem. Entretanto, o gabarito, que permite ao candidato ter uma noção do seu desempenho, deve ser publicado hoje, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Ontem, o Inep divulgou na internet os cadernos de provas do exame. "Fica uma ansiedade de saber quanto foi que você tirou", ressaltou Edney Antonio, 24 anos, promotor de vendas que fez a prova na expectativa de conseguir uma bolsa de estudos para o curso de Moda.

Antes mesmo do gabarito oficial, estudantes como Fernanda Carriel já conferiam suas respostas com as divulgadas por cursinhos preparatórios. "Acer­­tei 68 questões", comemora a estudante, de 17 anos, sobre a pontuação da prova de domingo – que tinha 90 questões. Ela diz que vai esperar o resultado final com ansiedade, mas está confiante. "Me dei melhor com Matemática e Português", diz.

Para a estudante do 2º ano do ensino médio Laura Antonelli, o mais difícil vai ser controlar a ansiedade dos pais sobre o resultado. "Eles falam que eu não deveria ter feito só de brincadeira, sem ter estudado", comentou a jovem, que pretende fazer Hotelaria ou Turismo, pensando na expansão do setor com a Copa e as Olimpíadas que serão realizadas no Brasil.

A expectativa e o nervosismo em torno do resultado não são regra. Ana Cláudia Matheus, por exemplo, acredita que saberá quanto foi a sua pontuação no momento certo. "Vou dormir à noite, quando tiver que sair (o resultado), sai", diz a estudante de 19 anos, que contou com a sorte para resolver as questões mais difíceis. "Algumas questões de Matemática com o texto muito grande eu nem li direito, chutei", diz a jovem, que tem trevos de quatro folhas tatuados nas costas, mas não está tão segura da efetividade do amuleto, feito há apenas três meses.

Segurança

No domingo, um repórter de O Globo que fazia as provas do Enem decidiu testar a segurança do exame e mandou uma mensagem de texto para a equipe do jornal com o tema da redação: "Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado." O jornalista pediu para ir ao banheiro e enviou um SMS pelo celular. "Deu tempo até de mandar outro torpedo com os títulos e autores dos textos da coletânea", afirmou o repórter. As regras do Enem impedem que os candidatos mantenham equipamentos eletrônicos ligados durante as provas.

"Se eu fosse um aluno desesperado para entrar na faculdade, poderia até ter consultado a internet pelo celular ou trocado SMS com algum professor para tirar dúvidas", disse. Sem ser repreendido por fiscais, o repórter também levou para a sala itens proibidos e que eliminaram outros candidatos, como lápis, borracha e boné. "Só de­­pois de passada meia hora de prova, ele [o fiscal] solicitou, educadamente, que eu tirasse o boné e o colocasse embaixo da mesa."

No ano passado, um repórter do Jornal do Commercio, de Pernambuco, também informou qual era o tema da redação de dentro de um local de prova. Na época, o Ministério da Educação disse que a ação não representava falha na segurança do Enem, pois o repórter não havia recebido informações sobre a prova por meio do aparelho.

Colaborou Juliane Massaoka

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