O Ministério da Educação (MEC) divulgou na semana passada (quarta-feira, dia 21) o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011. Diferentemente dos vestibulares tradicionais, na metodologia de correção utilizada no Enem não existe uma pontuação máxima e mínima que o participante pode atingir - com exceção da redação, que não é corrigida por esse modelo e cuja nota varia de 0 a 1000.
Para saber se foi bem na prova, o estudante deverá comparar seu desempenho em uma escala construída pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) com as notas mínimas e máximas obtidas pelos participantes.
Em 2011, as notas dos candidatos em ciências humanas variaram entre 252,6 e 793,1 pontos. Na prova de ciências da natureza, a nota máxima foi 867,2 e a mínima 265. Em matemática, a pontuação mínima foi 321,6 e a máxima 953. Em linguagens, a nota mais alta foi 795,5 pontos e a menor 301,2 pontos.
A metodologia utilizada no Enem é a Teoria de Resposta ao Item (TRI), modelo estatístico que permite que diferentes edições da prova sejam comparáveis. Na TRI, leva-se em conta para o cálculo da nota não apenas o número de acertos do candidato, mas o nível de dificuldade de cada item. Uma questão que teve baixo índice de acertos é considerada "difícil" e, portanto, tem mais peso na pontuação final. Aquelas que têm alto índice de acertos são classificadas como "fáceis" e contam menos pontos na nota final. Dessa forma, dois participantes que acertaram o mesmo número de itens podem ter médias finais diferentes.
Também não é possível comparar o número de acertos nas provas de diferentes áreas do conhecimento. Se um aluno acerta a mesma quantidade de itens nas provas de matemática e ciências humanas, por exemplo, não significa que a pontuação obtida será igual. Isso porque o nível de dificuldade de cada prova e dos diferentes itens que a compõe afetam esse cálculo final.
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