Três estudantes do Rio de Janeiro conseguiram na Justiça o direito de ter acesso às suas redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) corrigidas. As decisões ainda garantiram direito de revisão da nota, caso seja comprovado erro. Os três, todos vestibulandos de Medicina, discordaram da avaliação que tiveram.
Dois estudantes já receberam do Ministério da Educação (MEC) cópia das redações corrigidas. Um deles tirou zero porque, segundo os corretores, teria fugido ao tema da proposta da redação. "O aluno é exemplar e, na opinião de vários professores consultados, não fugiu do tema", disse o advogado Diogo Rezende de Almeida, que defende os três estudantes. Os outros dois inscritos reclamam de terem tirado notas baixas, distante do perfil deles.
O estudante Gabriel Botelho Bastos Zaverucha, de 18 anos, recebeu pela redação 480, em uma escala que vai até mil. "Sempre estive acima da média em redação. Parece que ninguém leu o texto", diz ele, aluno do tradicional Colégio Santo Agostinho. Zaverucha encaminhou cópia da correção para dois professores. "Os dois dariam 800 pontos, no mínimo". Com essa nota, o estudante calcula que conseguiria ser aprovado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
No entendimento da juíza de plantão Márcia Maria Nunes de Barros da Justiça Federal do Rio, o "receio de dano irreparável ou de difícil reparação é evidente". As decisões foram tomadas com urgência, pois as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que reúne a oferta de vagas pelo Enem, abrem sábado (7). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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