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Redação

Confira como será a correção da redação das provas do Enem.

A nota máxima da prova de Redação é de 1000 pontos. Os corretores deverão analisar cada texto de acordo com cinco competências (veja abaixo), sendo que cada uma delas terá o valor máximo de 200 pontos:

1) Em primeiro lugar, dois corretores analisarão a prova, como nos anos anteriores. Se não houver uma discrepância maior de 200 pontos na nota total ou de 80 pontos em uma das competências, a nota do aluno será a média aritmética simples entre as duas notas. Caso contrário, a prova será enviada a um terceiro corretor. No ano passado, a diferença necessária para recorrer para esse terceiro profissional era de 300 pontos.

2) Caso a nota do terceiro corretor for mais próxima, uma diferença menor de 200 pontos, com algum dos dois corretores, a nota mais discrepante será abandonada e a nota final do aluno será a média aritmética simples das notas mais parecidas.

3) Caso persista uma discrepância maior de 200 pontos entre os três corretores, a redação será reavaliada por uma banca, chefiada por um professor doutor.

>>> Veja quais são as 5 competências que serão avaliadas na Redação do Enem (cada uma delas vale 200 pontos):

A) Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita

B) Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.

C) Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.

D) Demonstrar conhecimento dos mecanismos lingüísticos necessários para a construção da argumentação.

E) Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

O Inep informou ainda que todos os candidatos terão acesso à redação do Enem, mas não poderão recorrer da nota.

Fonte: Inep

O Ministério da Educação (MEC) decidiu alterar a forma de correção da redação do próximo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para 3 e 4 de novembro. A discrepância máxima entre as notas dadas pelos dois corretores cairá dos atuais 300 pontos para 200. Quando esse limite for ultrapassado, um terceiro corretor analisará a redação. Segundo a reportagem apurou, nos casos em que nem um terceiro corretor conseguir chegar a um consenso com os outros dois, a prova será submetida a uma banca examinadora, que dará a nota final.

O anúncio dessas e de outras mudanças será feito nesta quinta-feira em coletiva de imprensa pelo ministro Aloizio Mercadante e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa. Desta vez, o edital do processo contemplará um único exame, e não vários.

Na última edição do Enem, o Inep foi confrontado com processos judiciais de candidatos que criticaram as notas finais. Foi o caso de uma estudante carioca que recebeu três notas diferentes: 800 (do primeiro corretor), 0 (do segundo) e 440 (do terceiro). A mudança na forma de correção deverá aumentar o número de redações revisadas e exigir melhor treinamento.

Em entrevista logo após assumir o cargo, Mercadante já havia defendido uma nova forma de corrigir as redações. "Precisamos aprimorar o critério, pois sempre há componente subjetivo", disse na ocasião.

Greve

Mercadante criticou ontem o movimento grevista de professores das universidades federais, que entrou no seu sexto dia. O ministro afirmou ter "muitas greves nas costas", mas disse não ver razão para a deflagração de movimento se negociações estão em aberto.

A paralisação atinge 41 universidades federais e 2 institutos de ensino superior. Na terça, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) aderiram ao movimento.

"As discussões são uma ficção. O que eles estão fazendo é cozinhar o galo", afirmou Argus de Almeida, do Sindicato Nacional dos Docentes de Institutos de Ensino Superior. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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