O Enem 2012
As inscrições para o Enem 2012 estarão abertas a partir da próxima segunda-feira (28) e seguem até 15 de junho. A prova ocorrerá nos dias 3 e 4 de novembro. O gabarito da prova será divulgado no dia 7 de novembro e o resultado em 28 de dezembro.
A nota de corte para quem usa o Enem como certificação de Ensino Médio mudou. Antes, era de 400 pontos em cada área do conhecimento, e passa a ser de 450 agora. Já a nota de corte da redação continua a mesma: 500.
Segundo o MEC, as provas deste ano envolverão o trabalho de 400 mil pessoas e vão ser aplicadas em 140 mil salas de aula. A distribuição das folhas de teste terá 9.728 rotas e o acompanhamento da Polícia Federal. A previsão do ministério é que haja entre 5,8 milhões e 6,1 milhões de inscritos no Enem deste ano. Em 2011, foram 5,4 milhões.
O Enem é usado como vestibular em várias universidades públicas brasileiras, e é obrigatório para quem deseja obter uma bolsa em universidade particular pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), ou para quem quiser financiamento pelo Fies. A nota do Enem é ainda critério para a concessão de bolsas no programa Ciência Sem Fronteiras.
A redação dos estudantes inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano será submetida a um novo sistema de correção. A intenção é aumentar o rigor na avaliação dos textos e, assim, evitar pedidos de revisão da nota. No ano passado, o Inep, órgão ligado ao Ministério da Educação e responsável pelo Enem, recebeu cerca de 120 pedidos judiciais de candidatos que, insatisfeitos com a nota obtida na redação, quiseram ter acesso à correção do texto.
Com as mudanças anunciadas nesta quinta-feira (25) pelo ministro da Educação Aloizio Mercadante, uma única redação poderá passar por análise de até seis corretores - hoje, o texto é corrigido por até três profissionais. "Estamos bastante preparados para enfrentar esse grande desafio que é fazer o Enem cada vez mais aperfeiçoado, mais seguro, e que dê tranquilidade para as famílias e jovens que vão participar desse processo", afirmou Mercadante.
Pontos
Na edição de 2012, o texto que apresentar uma diferença de 200 pontos entre as notas dadas por dois corretores seguirá automaticamente para uma terceira análise. Hoje, para obter essa terceira avaliação é necessária uma diferença de 300 pontos.
O texto também seguirá para esse terceiro corretor caso haja diferença de 80 pontos na análise de um ou mais quesitos considerados na definição da nota. A nota final da redação, cujo valor máximo é de 1.000 pontos, é baseada em 5 itens, como domínio da língua escrita e aplicação de conceitos de várias áreas de conhecimento.
Se ainda nessa terceira correção persistir a discrepância de pontos, a redação será novamente avaliada, dessa vez por uma banca presencial, formada por três membros. Essa última avaliação não existia na edição do Enem do ano passado.
"Se permanecer a dispersão [dos pontos] nós iremos para uma quarta avaliação, que é uma banca certificadora, coordenada por um doutor que fará a avaliação final", disse o ministro.
Guia do participante
A partir de julho, o Inep deve disponibilizar um guia para os candidatos do Enem com explicações sobre a metodologia para correção da prova, além de modelos de "redação de excelência". "É preciso que o estudante saiba o que se espera dele", disse Luiz Cláudio Cunha, presidente do Inep.
O material deverá ser publicado na página do Inep em PDF e em guias impressos para escolas públicas. Segundo o ministro Aloizio Mercadante, a expectativa é que neste ano se inscrevam entre 5,8 e 6,1 milhões de candidatos.
Banco de Itens
Mercadante também anunciou que o banco de dados da prova objetiva aumentou, mas reconheceu que é preciso melhorar ainda mais nesse ponto e que tal processo demanda tempo. O ministro afirmou ainda que não poderia informar quantos questões compõem o banco atualmente - no ano passado eram 1200. Para este ano, o ministro prometeu que o número deverá aumentar para 3439 itens.
No último Enem, houve o vazamento de questões da prova para alunos de uma escola particular de Fortaleza, que haviam participado de um pré-teste do exame. Parte das questões a que eles tinham respondido foram novamente usadas na prova. Mercadante disse que houve mudanças para que o erro não se repita, mas não quis detalhá-las, alegando motivos de segurança. "Mudamos nossa metodologia para ter mais segurança no pré-teste. Esse risco hoje não está presente", garantiu o ministro.
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