O segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) transcorreu sem problemas em Curitiba. Os estudantes ouvidos pela Gazeta do Povo, no final da tarde deste domingo (27), avaliaram a prova como cansativa. Eles também foram unânimes em demonstrar surpresa em relação ao tema da redação.

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Enquanto grande parte dos candidatos esperava ter que dissertar sobre a mobilidade urbana – mote das passeatas que tomaram conta das cidades brasileiras neste ano –, o Ministério da Educação (MEC) surpreendeu ao propor uma discussão sobre os efeitos da implantação da Lei Seca.

"Foi bem inesperado. Até nos sites que dão dicas do Enem, apareciam outros temas. Eu achei que cobrariam mobilidade urbana", disse Douglas Hauer, 17 anos, que pretende passar em Direito na Federal. Para ele, o segundo dia de prova foi mais exigente que o primeiro. "Ontem sobrou mais tempo, poderiam ter passado umas questões de hoje para ontem , para ficar mais tranquilo. A prova de português tinha textos muito compridos, foi bem apertado", reclamou.

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O estudante Eliezer Fernando da Silva, 19 anos, fez o Enem apenas para testar seus conhecimentos na conclusão do Ensino Médio. "Pensei que a redação seria sobre a Copa. Estava um pouco difícil, sim, principalmente porque matemática não é o meu forte."

Emanuelle Ramos, 17 anos, não tinha palpite para o tema da redação, mas aprovou a proposta do Enem. "Estava fácil, acho que fui bem. Ontem foi mais difícil, a parte de história cobrou questões sobre a África. Espero ir bem", afirmou ela, que faz cursinho há seis meses, de olho em uma vaga no curso de Psicologia da Federal.

A Gazeta do Povo acompanha, em tempo real, a correção e os comentários das questões da prova deste domingo, por professores dos cursos Acesso, Bom Jesus, Dom Bosco e Expoente.

A correção das redações, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), deve ocorrer entre 12 de novembro e 20 de dezembro. Com o aumento do rigor na avaliação das redações, estima-se que 52% das redações sejam avaliadas por um terceiro corretor - no ano passado, a proporção foi de 26%.

A correção das redações do Enem vai mobilizar 8.795 corretores, contingente 54,46% superior à edição do ano passado. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), 79,8% dos corretores são mulheres e 20,2%, homens. Todos são graduados na área de Letras, com formação em Língua Portuguesa.

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