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No Paraná

Na capital paranaense, quatro escolas estão refazendo as provas, reunindo cerca de 2.600 estudantes. Uma das maiores concentrações de alunos é na Escola Hildebrando de Araujo, com cerca de 1 mil estudante. Também ocorreram provas no colégio estadual João Turim, Julia Wanderlei e faculdades Unibrasil.

Alguns estudantes reclamaram dos problemas ocorridos na primeira prova e sentiram-se prejudicados pois perderam um pouco a concentração da prova anterior. Além disso, vários estudantes enfrentaram problemas no trabalho. Foi o caso de Jeferson Alves, de 29 anos, que trabalha com manutenção elétrica. "Precisei deixar alguns compromissos para realizar a prova. Além disso, sentia-me mais preparado no dia em que a fiz pela primeira vez", disse Alves, que vai tentar uma vaga no curso de engenharia elétrica na Universidade Técnica Federal do Paraná (UTFPR).

Confira como foi a prova em Curitiba

Enem para detentos

Também nesta quarta-feira (15) começa a aplicação de provas do Enem para presidiários ou adolescentes que cumprem medidas socioeducativas privados de liberdade. No total, segundo o Inep, há 15 mil candidatos inscritos em cerca de 500 unidades prisionais. No ano passado, 10.698 presidiários fizeram o Enem. Hoje serão aplicadas as avaliações de Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Na quinta-feira (16) será a vez dos testes de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Matemática e suas Tecnologias. Os gabaritos das provas objetivas aplicadas nos presídios serão divulgados na página do Inep até dois dias úteis após a realização das provas.

Entenda o caso

O MEC decidiu reaplicar as provas de Ciências Humanas e Ciências da Natureza depois de uma série de reclamações de alunos que fizeram o exame no dia 6 de novembro. Na versão amarela do caderno de provas havia erros de impressão, questões repetidas e fora da sequência. O ministério convocou apenas os candidatos que tiveram seus problemas registrados em ata pelos fiscais que aplicaram a prova. Para identificá-los, de acordo com o Inep, houve um levantamento nas atas de 116.626 locais de prova. Inicialmente, o ministério anunciou que somente 2.817 estudantes teriam direito ao novo exame. Os estudantes que solicitarem terão à disposição uma declaração de comparecimento para justificar a ausência ao trabalho, segundo o Inep.

Em um clima de resignação, revolta e desconfiança, estudantes de Belo Horizonte compareceram nesta quarta-feira (15) à Faculdade Anhanguera, na região central da cidade, para refazer as provas de Ciências Humanas e Ciências da Natureza do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Na capital mineira, 636 alunos foram convocados para a segunda chance do Enem por terem sido prejudicados com erros de impressão no caderno de provas de cor amarela, no primeiro dia de aplicação da prova, em novembro.

No entanto, estudantes que se sentiram prejudicados e não receberam a convocação precisaram recorrer à Justiça. Foi o caso de Raissa Reis Crispim, de 18 anos, que concorre a uma vaga no curso de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A jovem só teve acesso ao local de prova amparada por uma ordem judicial da 20ª Vara Federal de Belo Horizonte, que concedeu liminar para que ela fizesse a prova. "Ela não foi convocada pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), apesar de ter tido problemas com a prova amarela também. Então foi preciso recorrer a uma medida judicial", disse Izabela Amaral Braga, advogada de Raíssa.

Segundo Izabela, sua cliente não foi orientada pelo fiscal de prova a constar em ata os problemas. Antes de buscar a Justiça, depois de não ter sido convocada, Raissa procurou informações, sem sucesso. "Ela não teve resposta nem positiva nem negativa do Inep. Na verdade, é uma desorganização", acrescentou.

São Paulo

Ourinhos (SP) foi uma das 218 cidades escolhidas para a aplicação deste novo teste e o curioso é que somente dois candidatos estão realizando a prova, na Faculdade Estácio de Sá. O candidato Romulo Luiz Montanário não ficou satisfeito com a nova prova. "Eu me senti muito prejudicado com esse novo exame, porque não sei se serão as mesmas questões, se estará mais fácil", disse.

Já para o segundo candidato, que por coincidência tem o mesmo nome, Romulo Augusto Andrade Almeida, a anulação da primeira prova não o prejudicou. "Como sou treineiro, acredito que para mim não vai fazer diferença, as perguntas são válidas, pois é só um treino", disse. O Inep identificou mais de 9,5 mil alunos e os convocou por e-mail, SMS e telegrama. A prova começou às 13 horas, horário de Brasília, e se estenderá até as 17h30.

Santa Catarina

Dos 202 candidatos convocados a prestar a nova prova do Enem em Santa Catarina, cerca de 50 compareceram ao Colégio Estadual Getúlio Vargas, em Florianópolis, um dos locais nas 42 cidades catarinenses onde ocorrem as provas. A evasão de 75% dos candidatos se deu ao fato de que nem todos chamados se sentiram prejudicados na primeira prova realizada no dia 6 de outubro. Outros preferiram ignorar a prova e partir para o tradicional vestibular nas instituições públicas e privadas do estado. Conforme o Inep, aos faltosos prevalece o índice da nota obtida na primeira prova sem qualquer tipo de prejuízo.Rio Grande do Sul

Em Porto Alegre, a prova substitutiva do Enem foi realizada nas Faculdades Porto-Alegrenses (FAPA), no bairro Passo das Pedras, zona norte da cidade. Tassiane Amado de Paula, de 18 anos, não estava na lista de 20 candidatos aptos a realizar a prova no local. No teste passado, em 6 de novembro, ela recebeu o caderno amarelo que continha erros. Através de uma liminar, seu pai, o advogado Valdemar Francisco Wolf de Paula, de 57 anos, conseguiu o direito da realização do novo exame. "Na época, ela recebeu o caderno amarelo com erros. Os fiscais da sala ligaram para Brasília para receber instruções, e substituíram por um caderno novo faltando apenas uma hora para o término do tempo", disse o advogado. No Rio Grande do Sul, oito cidades estão realizando as provas.

Bahia

Em Salvador, são 16 estudantes que se sentiram prejudicados por problemas de impressão na prova amarela aplicada em novembro passado. Em razão do baixo número de estudantes, os testes estão sendo aplicados em um único local, o pavilhão de aulas da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no bairro do Canela.

Internos do sistema prisional baiano, dos regimes fechado, semiaberto e aberto, também estão se submetem ao exame hoje em unidades da capital baiana e em municípios do interior do Estado. Ao todo, 307 apenados de 13 unidades prisionais indicadas pela Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) fazem as provas na Bahia.

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