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Recentemente, o curso de Obstetrícia da Univer­si­dade de São Paulo, a USP, precisou passar por reformas curriculares porque os recém-formados não estavam conseguindo registro profissional nem emprego. Novas disciplinas foram incorporadas ao curso e os formados terão que voltar às salas de aula. Mas como se certificar que você não terá o mesmo problema?

Muitos acadêmicos se esquecem, mas o currículo do curso, que é a lista de disciplinas obrigatórias, é decisivo para a formação de um bom profissional e sua entrada no mercado de trabalho. Por isso é importante que a instituição de ensino superior reavalie sempre a grade dos cursos, mantendo-a atualizada. A Pontifícia Univer­si­dade Católica do Paraná (PUCPR) conta com um Núcleo Docente Estruturante, formado por professores que realizam reuniões periódicas para acompanhar o rendimento dos alunos e a atualização das disciplinas. "Eles estão sempre em contato com o mercado de trabalho e também com ex-alunos para entender as necessidades dos profissionais que são formados" afirma o pró-reitor acadêmico, Robert Burnett.

Alternativas

Manter-se em dia com as novas tecnologias e as mudanças no mercado de trabalho não é tarefa simples para as instituições, pois as inovações acontecem de maneira acelerada, ao contrário do processo de alterações na grade curricular dos cursos, que pode levar meses. Para Maria Amélia Sabbag Zainko, pró-reitora de graduação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), uma alternativa mais simples é a mudança no conteúdo das disciplinas dos cursos, as chamadas ementas. "Os professores e coordenadores dos cursos têm autonomia para inserir nas suas aulas as questões mais atuais sobre as áreas de trabalho, novas tecnologias e metodologias de ensino, pois o movimento de atualização precisa ser constante e não se dar apenas nas reformas curriculares", avalia.

Outra aposta é a interdisciplinariedade que estimula projetos de pesquisa e extensão. É o caso da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), que oferta disciplinas de estudos interdisciplinares como uma forma de oferecer uma visão mais global e integrada do curso, além de proporcionar uma aproximação com o mercado de trabalho. "Na área de saúde realizamos trabalhos práticos nas co­­munidades e os cursos de humanas são mais focados na pesquisa, todos com o objetivo de agregar os conhecimentos das várias disciplinas do curso e proporcionar uma melhor formação", afirma Car­mem Luiza da Silva, pró-reitora acadêmica.

Profissional habilitado

Uma boa dica para os alunos que querem se certificar de que a instituição está adaptada às inovações do mercado de trabalho é acompanhar os conselhos profissionais de cada curso. "O aluno pode comparar as exigências para os registros dos profissionais de cada área e verificar se a grade curricular das universidades estão de acordo. É preciso ficar atento, pois um currículo atualizado é essencial", alerta Denise Buiar, diretora de graduação e educação profissional do câmpus Curitiba da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

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