A greve dos técnicos administrativos das universidades federais já conta com a adesão de servidores de 44 instituições. Desde que a paralisação foi deflagrada há quase duas semanas, o movimento grevista não conseguiu reunir-se com o Ministério do Planejamento para que as negociações sejam retomadas. O impasse já prejudica os estudantes e pode colocar em risco o calendário universitário.

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No último dia 16, integrantes da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) participaram de uma mesa-geral de negociação salarial no Ministério do Planejamento com representantes de diversas categorias.

Segundo Paulo Henrique dos Santos, coordenador-geral da entidade, não houve nenhuma discussão específica sobre a situação dos técnicos das universidades federais, mas a promessa de que uma nova reunião será agendada para a retomada das negociações.

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O movimento pede que o piso da categoria seja reajustado em pelo menos três salários mínimos e a abertura imediata de concursos públicos para a substituição dos funcionários terceirizados.

De acordo com a Fasubra, hoje os servidores recebem R$ 1.034. "Estamos insistindo, mais uma vez, que se tenha essa reunião porque não há como resolver o problema da greve sem diálogo. Não é interessante para nenhum dos lados", afirma Santos.

Apesar de os técnicos não terem ligação direta com a sala de aula, a paralisação começa a afetar a rotina das instituições. Na Universidade de Brasília (UnB), onde os servidores aderiram ao movimento, a biblioteca e o restaurante universitário estão fechados.

Nesta semana, durante audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro da Educação, Fernando Haddad, se dispôs a colaborar no processo de negociação, mas fez um apelo para que a categoria suspenda a greve.

De acordo com Paulo Henrique dos Santos, os reitores das universidades federais também estão trabalhando como interlocutores para evitar que a paralisação prolongada prejudique o calendário.

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Com os servidores parados não é possível, por exemplo, processar as matrículas do próximo semestre."Em que pese o fato de que a gente não tem ligação direta com a sala de aula, trabalhamos toda a estrutura que dá condições aos professores de darem aula.

Os processos de cadastramento, toda a parte burocrática é feita pelos técnicos", explica o dirigente sindical.